Duas fontes da comitiva brasileira que viajou para o Oriente Médio informaram ao blog que, durante encontro com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, na última segunda-feira (15) nos Emirados Árabes, o presidente Jair Bolsonaro ouviu dele a intenção de comprar dois times do futebol brasileiro.
Bolsonaro deixou nesta quinta-feira (18) o Oriente Médio, onde visitou três países em uma semana — além dos Emirados, esteve no Bahrein e no Catar, país que será sede da Copa do Mundo de Futebol do ano que vem.
O príncipe Mohammed Bin Zayed Al Nahyan é dono do Manchester City, um dos principais e mais poderosos times do futebol inglês.
Al Nahyan não revelou quais equipes brasileiras seriam os alvos do investimento árabe. Bolsonaro brincou, pedindo que fosse o Palmeiras, do qual é torcedor. O mais provável é que, a exemplo de outros países, seja feita uma prospecção para a compra de equipes menores do Brasil.
No encontro, o presidente ofereceu ao príncipe uma camisa da seleção brasileira.
Bolsonaro se encontra com Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Dubai
Bolsonaro se encontra com Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Dubai
Em agosto, Bolsonaro sancionou a lei que estabelece as regras para a transformação de times de futebol em empresas. É essa lei que permitiria a compra de times brasileiros pelos árabes.
Além do Manchester, Mohammed Bin Zayed Al Nahyan é controlador, por meio do Abu Dhabi United Group, de outros times pelo mundo, entre os quais New York City (EUA), Melbourne City (Austrália), Montevideo City (Uruguai) e Mumbai City (Índia).
Nesta quinta-feira, durante participação em um evento no Ministério da Economia, o ministro Paulo Guedes, que esteve com Bolsonaro no Oriente Médio, fez referência à possibilidade de aquisição de times brasileiros pelos árabes.
“Ao final da nossa visita recebemos a pista, a insinuação de que vêm mais US$ 10 bilhões de investimento exatamente porque nós estamos modernizando os nossos marcos. Vão investir em estradas, vão investir em poços de petróleo, vão investir até em clube de futebol”, afirmou o ministro.
“Então, vários brasileiros da comitiva começaram a pensar. Eu pensei de ele ser sócio do Flamengo. Aí tinha um outro lá do lado que era vascaíno, falou: ‘Não, vem para o Vasco’. Eu falei: ‘Oh, vai perder dinheiro’. Aí, tinha um outro, que era palmeirense, falou: ‘Não, compra o Palmeiras’. Aí, eles anunciaram: ‘Calma, nós vamos comprar dois times. Nós estamos examinando e vamos comprar dois times'”, complementou.
g1