A Electronic Arts (EA) anunciou na quarta-feira (29) que está reduzindo sua força de trabalho em 6%, o equivalente a 800 demissões, considerando um documento da empresa que apontou em 2022 para um quadro de quase 13 mil funcionários. Com os cortes, a editora se torna a mais recente grande companhia do mercado de videogames a comunicar um layoff em massa.
- Segundo a EA, dona de franquias como FIFA, The Sims e Battlefield, a decisão vem após a companhia decidir cortar custos se afastando de projetos que não se alinham mais aos objetivos da empresa;
- A desenvolvedora está revendo também os gastos com sua sede, a intenção é diminuir o espaço do escritório, além de reestruturar equipes;
- Os cortes e reformulação, que ocorrerão pelos próximos meses, devem custar à editora entre US$ 170 milhões e US$ 200 milhões.
“À medida que focamos mais em nosso portfólio, estamos nos afastando de projetos que não contribuem para nossa estratégia, revisando nossa pegada imobiliária e reestruturando algumas de nossas equipes”, disse o CEO da EA, Andrew Wilson, em um post no blog oficial da empresa.
Diversas pesquisas apontam que os cortes no mercado de tecnologia já alcançam os 95 mil. A fase ocorre devido a um período de desaceleração do crescimento, taxas de juros mais altas para combater a inflação e temores de uma possível recessão. O período de pandemia impulsionou exponencialmente o mercado de jogos, principalmente as transmissões online, mas com a volta à normalidade o setor gamer sente o impacto nas vendas.
Vale lembrar que esse não é o primeiro corte da EA, embora seja o mais significativo. No início de março, a editora dispensou toda a equipe de qualidade envolvida no Apex Legends, jogo battle royale de sucesso da empresa. Na época, a EA explicou que os testes para o jogo seriam distribuídos entre equipes localizadas em outros lugares. A organização também cancelou o desenvolvimento dos Apex Legends Mobile e Battlefield Mobile.
Entre as demissões em massa mais significativas estão a da Meta, que recentemente cortou mais 10 mil funcionários, totalizando 21 mil cortes, e a da Amazon, que dispensou mais 9 mil colaboradores este mês, alcançando as 30 mil dispensas. A Accenture também entrou para a lista com o comunicado de 19 mil demissões.
Com informações da Reuters / Olhar Digital