- Os motoristas de táxis pretos em Londres brigam há anos com a Uber por ver a empresa como uma ameaça aos seus meios de subsistência (permanência e sustento);
- A disputa atingiu o auge em 2014, quando motoristas de táxi bloquearam as ruas para protestar contra a empresa — algo parecido também já ocorreu no Brasil;
- A parceria permitirá que os motoristas de táxis se inscrevam no aplicativo para realizar viagens reservadas;
- Inicialmente, a companhia está oferecendo um acordo sem comissão durante os primeiros seis meses;
- Um grupo que representa a maioria dos motoristas de táxis pretos, no entanto, já rejeitou a oferta, dizendo que não havia procura por parte dos membros.
Não temos interesse em manchar o nome do icônico e mundialmente famoso comércio de táxis pretos de Londres alinhando-o com a Uber, é um péssimo histórico de segurança e tudo o mais que vem com ele.
Steve McNamara, secretário-geral da Associação de Motoristas de Táxi Licenciados. (LTDA).
De acordo com a Reuters, os táxis pretos, também conhecidos como carruagens Hackney, são os únicos veículos londrinos que podem atuar nos pontos de táxi da cidade. Eles também podem ser reservados por meio de outros aplicativos.
Londres, contudo, é dos cinco principais mercados da Uber. A empresa acredita que uma parceria entre os serviços pode beneficiar todos os lados: Uber, taxistas e passageiros. Em Paris, Nova Iorque e Roma, os táxis se renderam a estratégia da companhia — o Brasil também já possui a função Uber Táxi.
À agência de notícias, um motorista que aceitou a proposta da Uber disse que isso realmente poderia ser uma “grande vantagem” para o comércio. Ele se tornou o primeiro taxista de Londres a se inscrever no programa. “Mais passageiros reservando viagens significam mais dinheiro para os taxistas.”
Se mais motoristas de táxis embarcarem no projeto, isso encerrará tensões de uma década entre os dois serviços em Londres. A parceria também significará mais uma vitória para a Uber, que pouco a pouco vem dominando o mercado.