Com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionando a nova lei que pode banir o TikTok no país, o CEO da rede social, Shou Zi Chew, veio a público se pronunciar sobre o caso. Confiante sobre a queda do projeto, o diretor disse que os 170 milhões de norte-americanos podem “ficar tranquilos, não vamos a lugar nenhum”.
O que você precisa saber:
- A Câmara e o Senado aprovaram em tempo recorde uma nova lei que oferece a ByteDance, dona do TikTok, 270 dias para vender a rede social nos EUA. Do contrário, a plataforma será banida do país;
- O projeto também dá à Casa Branca novas ferramentas para proibir ou forçar a venda de outros aplicativos de propriedade estrangeira que considere ameaça à segurança nacional;
- O TikTok já afirmou em diversas ocasiões que não compartilha e nem compartilharia dados de americanos com o governo chinês. A plataforma também tomou diversas medidas para acalmar os receios do Congresso americano, mas sem sucesso;
- A assinatura de Biden estabelece o prazo de 19 de janeiro de 2025 para a venda da plataforma — um dia antes de seu mandato expirar. Ele pode estender o prazo por três meses se julgar necessário, concedendo até um ano para o desinvestimento no app de vídeos.
Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente. E não se engane — isto é uma proibição do TikTok.
Shou Zi Chew, CEO do TikTok, em vídeo divulgado na plataforma.
Segundo porta-voz da Casa Branca à Reuters, a intenção não é proibir o aplicativo. “Trata-se [mais] da propriedade da RPC [República Popular da China].”
Essa não é, claro, a primeira vez que os EUA desenvolvem um projeto de lei para banir o TikTok. Desde 2020, no governo de Donald Trump, o Congresso tenta aprovar uma legislação. Em novembro do ano passado, um juiz em Montana também bloqueou um segundo PL. Todas as tentativas foram barradas pela lei de liberdade de expressão e direito civis dos americanos.
Especialistas e senadores também apontam problemas com a chegada da lei. Além de “precedente global alarmante para o controle excessivo do governo sobre as plataformas de mídia social”, há ainda a previsão de impacto no mercado de trabalho — ao menos 8 mil funcionários que atuam no TikTok direto dos EUA correm risco de demissão, segundo o senador Laphonza Butler, democrata da Califórnia.