Brasil encerra Paralimpíadas com inédito 5º lugar e consolida lendas do esporte

Os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 elevaram ainda mais o patamar do Brasil, que se despede com a melhor campanha da história, em todos os aspectos possíveis. Até então com o top 7 como melhor colocação dentro do quadro de medalhas em uma edição de Paralimpíadas, o país encerrou a participação na França como dono do inédito 5º lugar, com o recorde de 25 ouros e 89 medalhas no total.

Campeã nos 100 metros costas e nos 100 metros livre na categoria S12 – destinada a atletas com deficiência visual pequena, mas significativa – e nos 50 metros livre da S13 – para casos de deficiência visual menos severa dentro da classificação, Carol Santiago ainda faturou prata nos 100 metros peito (SB12) e no revezamento 4x100m livre misto.

Junto ao desempenho já histórico que havia apresentado nos Jogos de Tóquio, em 2021, a pernambucana de 39 anos tem agora dez medalhas paralímpicas. São seis ouros, três pratas e um bronze, que a tornam a quinta na lista de representantes do Brasil com mais pódios, atrás de Daniel Dias (27), André Brasil (14), Clodoaldo Silva(14) e Ádria Santos (13).

A natação brasileira, de forma geral, trouxe muitas alegrias e rendeu 25 medalhas. Além de Carol, o país teve destaque com Gabriel Araújo, vencedor de três medalhas de ouros 100 metros costas, 50 metros costas e 200 metros livres, todos na classe S2, para nadadores com falta de coordenação motora de alto grau no tronco, nas pernas e nas mãos, e de baixo grau nos braços.

Com o desempenho, Gabrielzinho bateu a marca de seis medalhas paralímpicas, pois já havia conquistado dois ouros e uma prata nos Jogos de Tóquio. Outro nadador brasileiro que subiu no primeiro lugar do pódio foi Talisson Glock, campeão dos 400 metros livre S6.

Apesar do sucesso da natação, a principal fonte de medalhas do Brasil foi o atletismo, que teve 35 pódios de brasileiros, dos quais dez subiram no primeiro lugar. Estrela paralímpica, Petrúcio Ferreira foi ouro nos 100m T47 e celebrou sexta medalha da carreira. Ele já tinha um ouro e duas pratas conquistadas no Rio-2016, além de um ouro e um bronze nos Jogos de Tóquio2020.

Uma das grandes estrelas brasileiras em Paris foi Jerusa Geber, de 42 anos, que foi ouro nos 100 metros e nos 200 metros da classe T11. Foi a primeira vez que ela se tornou campeã em Jogos Paralímpicos, após dois bronzes em Pequim-2008 e pratas em Londres-2012 e Tóquio-2020.

Os demais ouros do atletismo vieram de Júlio Agripino dos Santos (500m T1), Ricardo Mendonça (100m T37), Fernanda Yara (400m T47), Yeltsin Jacques (1500m T11), Rayane Soares (400m T13), Claudiney Batista (lançamento de disco F56) e Elizabeth Gomes (lançamento de disco F53).

Outra paratleta que se colocou em um patamar ainda mais alto foi a halterofilista Mariana D’Andrea. Com a medalha de ouro conquistada em Paris na categoria até 73 kg, ela tornou-se bicampeã olímpica, pois já havia ficado em primeiro lugar na Paralimpíadas passada.

Portal Correio