O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por envolvimento em lavagem de dinheiro e organização criminosa. O indiciamento faz parte da Operação Integration, que investiga atividades de jogos ilegais e lavagem de dinheiro através de casas de apostas.
Ao todo, 53 pessoas são alvos da operação, incluindo bicheiros, empresários e a influenciadora digital Deolane Bezerra. O indiciamento de Lima ocorreu no dia 15 de setembro.
Agora, cabe ao Ministério Público decidir se apresenta denúncia contra o cantor. Gusttavo Lima teve a prisão preventiva decretada em 23 de setembro, mas a Justiça de Pernambuco revogou a decisão no dia seguinte.
A polícia encontrou R$ 150 mil em um cofre na sede da empresa Balada Eventos, de propriedade de Lima, em Goiânia. Além disso, foram identificadas 18 notas fiscais da empresa GSA Empreendimentos, também do cantor, que totalizariam mais de R$ 8 milhões.
A defesa de Gusttavo Lima afirmou que o valor encontrado no cofre seria destinado ao pagamento de fornecedores e que os valores das notas fiscais foram declarados e os impostos devidamente pagos. A defesa também alegou que o contrato com a empresa citada possuía cláusulas anticorrupção e foi suspenso.
O caso
A operação policial aponta que a Balada Eventos estaria envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais. A investigação menciona duas transferências de valores, em abril e maio de 2023, que somariam mais de R$ 9,7 milhões.
Gusttavo Lima também foi acusado de ocultar a propriedade de um avião ao vendê-lo para José André da Rocha Neto, dono do site de apostas Vai de Bet, do qual o cantor era garoto-propaganda.
A prisão preventiva do cantor foi revogada em 24 de setembro por um desembargador, que também suspendeu outras medidas cautelares, como o bloqueio do passaporte e do porte de arma de fogo do artista.
Gusttavo Lima estava no exterior cumprindo compromissos profissionais no momento da ordem de prisão e retornou ao Brasil em 25 de setembro.
Portal Correio