Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

A mpox foi recentemente classificada como uma nova emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão foi tomada em função da rápida propagação da variante 1B do vírus, mais contagiosa e que já foi registrada na República Democrática do Congo, além de outros países da África, Ásia e até na Europa.

Agora, a OMS acaba de aprovar a inclusão da vacina LC16m8 à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para o controle e a prevenção da doença.

Crianças estão suscetíveis ao avanço do vírus

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de um ano que vivem em localidades onde se registra surtos do vírus. Segundo ele, este é um passo vital para proteger populações vulneráveis.

Tubo com sangue e adesivo escrito "mpox"
Mpox virou emergência mundial (Imagem: QINQIE99/Shutterstock)

Dados da OMS revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A situação mais dramática é na República Democrática do Congo, onde mais da metade dos diagnósticos foi identificado em menores de 12 anos.

O diretor-geral da entidade ainda alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. Uma reunião do comitê de emergência foi convocada para a próxima sexta-feira (22) para reavaliar o cenário de mpox no mundo.

Sintoma mais comum da doença são as erupções cutâneas (Imagem: Irina Starikova3432/Shutterstock)

O que é a mpox?

  • A mpox era anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
  • O nome foi alterado pela OMS no final de 2022.
  • Trata-se de um vírus que causa lesões na pele do rosto, podendo se espalhar para outras partes do corpo, incluindo a região genital.
  • Outros sintomas incluem febre, fadiga e dores.
  • A doença foi descoberta pela primeira vez no final da década de 1950.
  • Desde então, há evidências de que o vírus passou por mutações, principalmente nos últimos três a quatro anos, que permitiram uma transmissão entre humanos com mais facilidade.
  • Apesar do aumento nas mutações e na transmissão, mais da metade das variantes do vírus detectadas entre 2018 e 2022 são consideradas “silenciosas”, porque não alteram nenhuma das proteínas virais necessárias para escapar das células do nosso sistema imunológico.
  • A mpox tem transmissão peculiar: depende do contato físico próximo e prolongado.
  • Assim como alguns outros vírus, incluindo a Covid-19, a gravidade depende da idade e condição de saúde da pessoa infectada.

Olhar Digital