Uma série de casos de conjuntivite vem se alastrando em todo o estado e já alcança um número de 1.177 registrados no período de 1 de janeiro a 14 de abril de 2018, segundo dados da Secretária de Saúde do Governo, que recebe as notificações dos municípios. Em 2017, durante todo o ano foram registrados 1777 casos. Só em João Pessoa, cerca de 422 casos foram constatados até março, de acordo com a Secretaria Municipal.
De acordo com o médico oftalmologista Gilberto Timm, o processo de contágio se dá quando uma pessoa toca algum objeto contaminado. “Todo o processo de contagio pode ser evitado desde que a pessoa mantenha frequência com sua higiene, principalmente a das mãos, pois a contaminação se dá através do contato com objetos contaminados. Também é importante evitar compartilhar objetos pessoais”, afirmou.
O médico também destacou que a doença possui duas vertentes, a infecciosa, que se alastra com a transmissão e a não infecciosa, que são aquelas conjutivites alérgicas e química, quando a pessoa entra em contato com algum produto, a exemplo do cloro. ” As pessoas tem que se policiar, já que 90% das causas infecciosas é viral e o vírus é de fácil contaminação”, alertou.
Ainda segundo ele, a pessoa que contrai a conjuntivite, antes mesmo dos sinais serem identificados, já pode estar contaminando outros. “Nunca se automedique, pois cada caso é diferente, cada tipo de conjuntivite tem um tratamento especial. Se usar colírio de bactéria numa conjuntivite cuja causa seja viral vai piorar ainda mais o quadro, já que o corticoide do medicamento potencializa o virus.”
Sobre o uso de colírios, o oftalmologista ressaltou que apenas os lubrificantes podem ser adquiridos em casos emergenciais.
Conjuntivite
Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras e pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas.
Causas : pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc.). A mais comum delas é a conjuntivite primaveril, geralmente causada por pólen espalhado no ar, pode ser causada também, por vírus e bactérias. Nestes casos, ela é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.
Sintomas
– Olhos vermelhos e lacrimejantes;
– pálpebras inchadas;
– sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
– secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
– secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
– coceira;
– dor ao olhar para a luz;
– visão borrada;
– pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.
Tratamento
O tratamento é determinado pelo agente causador da doença. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos. Já, o tratamento da conjuntivite bacteriana inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.
Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.
Prevenção
– Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;
– lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
– não coçar os olhos;
– usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
– trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
– não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
– não se automedicar.
IMPORTANTE
Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.
Sobre Rinite e Asma não temos como responder por não fazerem parte das doenças notificadas pelas Secretarias de Saúde Municipais e acompanhadas
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