Em abril deste ano, alguns dos maiores canais do YouTube foram desfigurados. Alguns dos clipes mais visualizados da plataforma tiveram a imagem de destaque substituída, assim como o título e a descrição, graças a uma invasão nas contas da Vevo. Agora, dois franceses de 18 anos foram presos pelo ataque.
Os hackers foram identificados como “Nassim B.” e “Gabriel K.A.B.”. O maior alvo foi o clipe de “Despacito”, de Luis Fonsi e Daddy Yankee, que é o vídeo mais visto da história do YouTube até o momento, mas Chris Brown, Shakira, Selena Gomez, Drake, Katy Perry e Taylor Swift também tiveram vídeos desfigurados.
Os hackers operavam com os pseudônimos de “Prosox” e “Kuroi’ish”, que publicaram mensagens a favor da Palestina, mas também fizeram outros comentários inocentes como “Drake foi morto pelo Prosox em Fortnite”. Não houve dano permanente no ataque e poucos minutos depois do ataque, a normalidade já havia sido restaurada.
Quite the collection they have going it would seem – https://t.co/EtB9Gi2r0h pic.twitter.com/e1cROrVNXb
— Thomas O'Neill (@thomasp_oneill) April 10, 2018
Em comunicado no Twitter, o hacker identificado como Prosox afirmou que o ataque foi realizado apenas por diversão, utilizando um script simples para tomar controle das contas da Vevo.
No entanto, as autoridades não encararam o ataque como uma brincadeira, e agora os jovens acumulam 11 acusações formais, fruto de uma cooperação da Promotoria de Paris e da Promotoria de Manhattan, em Nova York, onde fica a sede da Vevo. Nassim acumula cinco acusações, enquanto Gabriel tem seis contra si. Isso inclui o crime de “modificar de forma fraudulenta dados armazenados em um sistema de processamento de dados automático”.
A desfiguração dos vídeos, no entanto, foi o menor dos problemas da Vevo com hackers. Alguns meses antes, a empresa foi alvo de um mega vazamento de informações que expôs 3 terabytes de dados internos da empresa, incluindo até mesmo códigos de alarme que permitiriam desativar a segurança do escritório no Reino Unido. Ao que tudo indica, os jovens franceses não tiveram nada a ver com o primeiro ataque.
OlharDigital