Uma mulher de 19 anos foi condenada pela justiça a pagar R$ 3.000 por danos morais a um jovem vítima de bullying em um grupo de WhatsApp. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o fato começou em 2014, em Jaboticabal, região metropolitana de Ribeirão Preto (313 km de SP), quando a menina tinha 15 anos e criou um grupo no aplicativo com o nome “jogo na casa da Gigi”. No grupo, ela convidava colegas da escola para verem os jogos da Copa de 2014 em sua casa.
Mesmo depois do fim do evento, o grupo continuou ativo e os membros teriam ofendido a sexualidade da vítima, chamando-o de “bicha”, “gay” e “garoto especial”. Segundo a publicação, apesar da ré não ter feito ofensa direta, a decisão dada em junho alega que ela se divertiu com a situação e, como criadora e administradora do grupo, poderia ter removido quem proferiu as ofensas.
A condenação de bullying por WhatsApp é inédita para eles e abre precedente e jurisprudência, segundo disseram Neide Noffs, professora e psicopedagoga da PUC-SP e o advogado Ariel Castro Alves, especialista em direitos da criança e adolescente. “Ainda mais por ser adolescente na época dos fatos, pode ser um precedente importante para combater o bullying”, disse Alves à Folha.
Desdobramentos – O advogado da vítima, Helder Moutinho Pereira, contou que ainda faltam cinco pessoas que foram membros do grupo para serem julgadas. “Entendemos que a condenação foi correta. A ré se omitiu quando poderia ter fechado o grupo e fez colocações com emojis. Queremos dar luz a um assunto de importância como é esse”.
O advogado da ré, Marcos Rogério dos Santos, disse que ele e a acusada optaram por não recorrer na decisão. “Não concordamos, mas vamos respeitar”, disse. Com informações da Folha de São Paulo.
fonte. T5