Na fila das privatizações do governo federal, os Correios registraram um lucro recorde no ano passado, de R$ 3,7 bilhões. A estatal afirma que o valor é o dobro do registrado no ano passado e o melhor em 22 anos.
“A curva ascendente apresentada nas demonstrações contábeis, em conjunto com os resultados expressivos anunciados em 2020 e 2021, reflete o êxito do projeto de recuperação financeira e de sustentabilidade econômica executados pela gestão dos Correios”, diz nota da estatal.
A situação reverte um cenário de prejuízo recorrentes que a empresa vinha registrando. A estatal correu o risco até de ser tornar dependente do Tesouro Nacional,o que iria gerar um impacto de R$ 14 bilhões ao governo.
A privatização está nos planos do governo, mas depende de aprovação do Senado para avançar e não há data para votação.
Em 2019, o prejuízo acumulado era de R$ 2,4 bilhões. Em 2021, a estatal fechou com lucro acumulado de R$ 1,4 bilhão.
Com o lucro, a estatal pagará dividendos para a União e também participação nos lucros e resultados (PLR) para os funcionários.
A União vai receber em dividendos (parcela distribuída aos acionistas) R$ 251 milhões. Para os funcionários, a empresa vai distribuir R$ 63 milhões. A última distribuição de dividendos e de participação nos lucros e resultados havia sido em 2014.
Os Correios dizem que, para reverter o prejuízo, alterou o Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados refletindo o praticado atualmente pelo mercado, dentro do que estabelece a CLT, propiciando em economia de cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano, o que representava aproximadamente 6% de toda a despesa da estatal.
Também cita dois Planos de Demissão Incentivada efetuados durante a gestão que, até o ano de 2021, representa uma economia de R$ 2,1 bilhões na folha de pagamento.
A estatal planeja agora abrir uma plataforma de comércio eletrônico, um “marketplace”, ainda neste ano, apesar de não haver uma data definida para o lançamento. A empresa deve direcionar esse serviço para pequenas e médias empresas.
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