Os agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) deverão paralisar as atividades no dia 10 de fevereiro. A ideia da categoria é pressionar a prefeitura a aprovar a reformulação de uma lei que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores.
A paralisação está prevista para começar à 0h e pode se estender por até as 24h, caso não haja a confirmação por parte da gestão municipal. Além do PCCR, essa lei pode também legalizar outros direitos que, segundo a categoria, deveriam ser assegurados a todos os profissionais. Essa decisão foi conjunta, com aprovação da maioria dos agentes, após uma assembleia realizada na última segunda-feira (16).
“A grande maioria decidiu que está firme nesta paralisação. Desde novembro que foi dito que teríamos uma reunião com o prefeito. É um projeto que apenas regulariza algumas gratificações, praticamente sem nenhum gasto para a prefeitura, que já passou pelo gabinete do prefeito e que foi dito que estava “tudo ok”. O prefeito ainda não nos recebeu. Só queremos que ele nos receba e aprove. Fora isso, nós vamos parar”, disse o agente Fábio Gomes, presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito e Fiscais de Transportes da Paraíba (Sinafit).
Ainda de acordo com Fábio Gomes, desde março do ano passado que a categoria busca diálogo com o prefeito Cícero Lucena, mas que nunca consegue retorno positivo para uma reunião com o gestor.
No encontro da última segunda-feira, os agentes, junto ao sindicato, trataram sobre assuntos relacionados às condições precárias de trabalho; à campanha e atualização salarial, em 2023; à devolução da autonomia financeira e jurídica ao órgão para que se possa agilizar licitações importantes; à falta de fardamento; à infraestrutura precária da sede e do terminal de integração; às viaturas inadequadas e à falta de alimentação para agentes de campo, que cumprem jornada de trabalho em dobro às cargas horárias legais.
O Portal Correio buscou contato com a Secretaria de Administação da Prefeitura de João Pessoa para comentar sobre a situação dos agentes, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
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