Nos últimos meses de 2024, o peixe-leão voltou a ser avistado nas águas do litoral da Paraíba. Um caso recente foi registrado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) na última semana de março, no município de Pitimbu.
Em janeiro, um encontro não oficialmente registrado foi capturado por Gustavo Adelino, pescador local, a mais de 35 quilômetros da costa do município de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, a 79 metros de profundidade, possivelmente sendo um dos primeiros registros do tipo no país.
O peixe-leão, originário da Ásia, encontrou seu caminho até o oceano Atlântico a partir do Caribe e já foi avistado ao longo da costa brasileira. No entanto, sua dispersão é motivo de grande preocupação entre os pesquisadores, pois é uma espécie invasora capaz de causar danos significativos à fauna marinha local.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o peixe-leão é uma predadora generalista, ou seja, tem a capacidade de consumir uma grande variedade de peixes nativos, podendo levar à extinção de espécies locais.
Os primeiros registros deste peixe na Paraíba datam de abril de 2023, quando exemplares foram avistados em Jacumã e em João Pessoa. Mais tarde, um novo avistamento foi reportado em Acaú, no município de Pitimbú, Litoral Sul do estado.
Diante desse cenário, a população deve estar ciente das orientações ao encontrar um peixe-leão. A principal recomendação é não manipular o animal, pois ele possui espinhos venenosos na nadadeira dorsal, capazes de causar danos à fauna marinha e, em alguns casos, aos seres humanos.
Caso um avistamento seja feito, é importante entrar em contato com a Sudema através do telefone 83 9200-7927 ou acessar o formulário online disponível para que as medidas adequadas possam ser tomadas pelas autoridades competentes.
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