Anvisa libera função que salva vidas em relógio Samsung

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou as funções de eletrocardiograma (ECG) e de monitoramento de pressão arterial em smartwatches da Samsung. Os recursos foram aprovados nos dias 3 e 17 de agosto e podem marcar presença no Galaxy Watch 3 que será comercializado no território nacional. O Apple Watch foi o primeiro relógio smart a ter a função de eletrocardiograma aprovada no Brasil, conhecida por salvar vidas ao redor do mundo.

O órgão aprovou o pedido da Apple em maio e menos de dois meses depois a ferramenta foi disponibilizada por meio de uma atualização. A expectativa é o que o trâmite seja o mesmo para que a gigante sul-coreana ofereça os recursos aos usuários do Galaxy Watch Active 2.

Ambos os aplicativos da Samsung são dedicados a aferir e monitorar o batimento cardíaco do usuário. O Monitor de Pressão Arterial Samsung (BP Monitor App), como o nome sugere, consegue aferir superficialmente a pressão arterial e determinar a frequência cardíaca. Ele funciona em conjunto com a medição de pressão realizada pelo sensor ótico localizado na parte traseira do Galaxy Watch.

No caso do ECG App, ele funciona parecido com um eletrocardiograma hospitalar, porém com leitura mais básica. O usuário pode detectar batimentos cardíacos atípicos e fibrilação atrial, arritmia que pode causar derrame.

Apesar dos dois softwares estarem regularizados na Anvisa, o órgão pontuou algumas recomendações para o uso. A agência informou que ambos têm caráter informativo e não substituem os procedimentos clínicos. A Anvisa também ressalta que os recursos funcionam apenas como uma primeira consulta e não devem ser utilizados por pessoas menores de 22 anos.

Outra recomendação é que os usuários não usem o relógio se tiverem quadros médicos como arritmia, diabetes, distúrbio neurológico ou alguma outra doença cardiovascular conhecida. Além disso, a orientação é não realizar medições se estiver próximo a campos eletromagnéticos ou durante a prática de exercícios físicos. O órgão ainda ressaltou que o usuário deve verificar sempre se o dedo utilizado na função não possui hematomas, cicatrizes ou cortes.

Com informações da Anvisa