No Brasil, cerca de 1,6% da população doa sangue, o que representa 16 pessoas a cada mil habitantes.
Esse percentual está dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece o mínimo de 1%, mas o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (14), Dia Mundial da Doação de Sangue, uma campanha para elevar o número de doadores para 3%.
Segundo o governo, jovens entre 18 e 29 anos são os maiores doadores de sangue no país, o que significa 42% dos doadores. “É importante incentivar a população para a doação voluntária, pois nesse período de inverno e férias ocorre uma redução natural desse doares. Por isso a necessidade de fortalecer o ato da doação e deixar os bancos de sangue abastecidos em todo o país”, afirmou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcanti, por meio de comunicado.
No ano passado, 3,3 milhões de pessoas doaram sangue e aproximadamente 2,8 milhões realizaram transfusão sanguínea no país, segundo o Ministério. Do total dos doadores, 60% são homens.
O Ministério informa que existem 32 hemocentros coordenadores e 2.034 serviços de hemoterapia no país, o que inclui hemocentros regionais, núcleos de hemoterapia, unidades de coleta e transfusão, central de triagem e laboratorial de doadores.
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos de idade, lembrando que menores de 18 anos necessitam de autorização prévia dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, só é permitido caso o doador já tenha realizado o procedimento antes dos 60 anos.
Outros critérios são: pesar no mínimo 50 kg, estar em bom estado de saúde, estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem à doação e não estar de jejum. É preciso apresentar documento de identidade com foto.
A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para homens e de três meses para mulheres.
O Ministério ressalta que a doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independentemente de parentesco com o doador. O sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão.
R7