As demissões continuam. E talvez ainda tenhamos novas levas importantes pela frente. Porém, o cenário começa a se transformar. Nesta semana, várias das chamadas Big Techs divulgam seus resultados – seus balanços – relativos ao último trimestre. E devemos ter um cenário diverso. O grupo formado por Apple, Microsoft, Alphabet (dona do Google), Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) e Amazon ganhou a alcunha de “big techs” (nos Estados Unidos, elas chegaram a ser identificadas pela sigla FAAMG, para Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google – antes do nomes das holdings mudarem para Meta e Alphabet).
Pois esse grupo acabou se transformando num termômetro do momento do setor de tecnologia e até da economia como um todo. Durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, as big techs auferiram lucros imensos e também aumentaram sua base de contratados grandemente. Agora, as empresas enfrentam uma espécie de ressaca, alimentada pela diminuição do consumo de produtos digitais e de tecnologia e também pelos altos índices de inflação – especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
Diante desse cenário, a ordem chegou clara e direta: reduzir as forças de trabalho para conter custos e garantir que os lucros continuassem a rechear os cofres. Porém, se a receita foi mais ou menos a mesma para todas elas, os resultados não estão caminhando todos na mesma direção.
Investimentos pesados (como foi o caso da Meta no Metaverso) e, especialmente, a explosão dos sistemas de inteligência artificial generativos estão compondo o novo quadro, em que, claramente, há alguns vencedores. Precisamos lembrar, também, da influência de Elon Musk que – apesar de não fazer parte de nenhuma Big Tech – acabou influenciando os responsáveis por essas empresas ao promover cortes profundos no Twitter – mais de 50% da força de trabalho já foi desligada desde que o bilionário assumiu a companhia.
olhardigital