Berg Lima, prefeito de Bayeux, se livra de cassação e processo é arquivado pela Câmara

O prefeito de Bayeux, Berg Lima (sem partido), foi salvo mais uma vez de ser cassado pela Câmara de Vereadores. A sessão durou mais de 10 horas nesta quinta-feira (3). O placar final foi de 11 a favor da cassação e 5 contra.

Para consolidar a cassação, era necessário um terço da casa, o que constitui 12 votos. Dois vereadores se abstiveram. O relator do processo, vereador Roni Alencar, votou pela cassação.

Com este placar, o processo de cassação do prefeito Berg Lima foi arquivado na sessão extraordinária.

Votaram contra a cassação, os vereadores Cabo Rubem, França, Lico e Netinho.

A favor: Adriano Martins, Betinho da RS, Inaldo Andrade, Dedeta, Noquinha, Roni, Zé Baixinho, Adriano do Táxi, Josauro e Uedson Orelha.

Luciene de Fofinho e Guedes da Informática se abstiveram.

Berg Lima é acusado de alugar, de forma irregular, veículos e de não repassar valores arrecadados dos servidores para o Instituto de Previdência do Município (Ipam).

Após mais de um ano e cinco meses afastado do cargo, o prefeito de Bayeux, na Grande João Pessoa, Berg Lima, assumiu novamente o cargo no dia 19 de dezembro de 2018. Berg estava afastado desde que foi preso, no dia 5 de julho de 2017, suspeito de receber propina. Na terça-feira (18), uma decisão liminar do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) determinou o retorno dele ao comando da prefeitura de Bayeux. A decisão foi do desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque.

No dia 13 de dezembro, uma decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu um habeas corpus a Berg Lima cassando as medidas cautelares impostas ao prefeito no âmbito criminal, dando-lhe a chance de assumir a prefeitura.

Através das redes sociais, Berg Lima agradeceu. “Senhor Deus, hoje eu não quero pedir nada, porque eu já pedi tanto e tanta coisa me foi dada. Eu só quero agradecer: muito obrigado”, disse.

Prisão em flagrante

Berg Lima foi preso em flagrante, em 5 de julho de 2017, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB), pela prática de concussão. Ele foi flagrado recebendo R$ 3,5 mil de um empresário fornecedor da prefeitura de Bayeux. O valor foi uma exigência para que o empresário pudesse receber o crédito de R$ 77 mil, referente a um contrato celebrado na gestão anterior.

Ficou provado nos autos que o então prefeito condicionou o pagamento dessa dívida da prefeitura ao recebimento de propina no valor de R$ 11,5 mil, dos quais R$ 8 mil já haviam sido pagos. Ele foi afastado do mandato no mesmo dia em que foi preso. Em novembro do ano passado ele foi solto por força de um habeas corpus, mas continuou fora da administração municipal por conta de medidas cautelares.

 

 

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