O presidente Jair Bolsonaro participou nesta terça-feira (16) de cerimônia de inauguração da embaixada brasileira em Manama, no Bahrein.
A inauguração marcou o quarto dia da viagem de Bolsonaro ao Oriente Médio. O presidente ainda deve ser recebido pelo rei Hamad Bin Isa Al-Khalifa nesta terça.
O Bahrein é o segundo destino da comitiva brasileira no Oriente Médio. A agenda começou no sábado (13), em Dubai, nos Emirados Árabes, onde Bolsonaro ficou por três dias.
O objetivo da viagem é fortalecer as relações do Brasil com países da região do Golfo Pérsico, que são grandes produtores de petróleo e possuem fundos soberanos de investimentos.
O Brasil deseja ampliar exportações de produtos agrícolas e de defesa e atrair recursos para concessões de infraestrutura.
Na quarta (17), Bolsonaro e comitiva seguem para Doha, no Catar, último destino da viagem ao Oriente Médio.
Amazônia, PL e Enem
Em Dubai, Bolsonaro reforçou a tentativa de contrapor as discordâncias à sua política ambiental, que acumula altas nos índices de desmatamento.
O presidente convidou investidores a visitar a Amazônia e disse considerar injustas as críticas feitas ao Brasil.
Durante evento com os investidores, Bolsonaro mentiu ao dizer que a Amazônia, “por ser uma floresta úmida, não pega fogo.”
Bolsonaro também anunciou em Dubai que decidiu adiar sua filiação ao PL, que estava prevista para segunda-feira. O presidente não aceita que os diretórios estaduais do partido apoiem, por exemplo, candidatos do PT nas eleições regionais do ano que vem.
O presidente ainda afirmou que agora questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) “começam a ter a cara do governo”.
Durante a semana, servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame, afirmam que sofreram pressão psicológica e vigilância velada na formulação do Enem 2021 para que evitassem escolher questões polêmicas que eventualmente incomodariam o governo Bolsonaro.
g1