O governo brasileiro garante cem por cento do tratamento para o HIV/aids no país. Desde 2013, os medicamentos conhecidos como antirretrovirais podem ser acessados nas unidades de saúde de todo o Brasil pelas pessoas vivendo com HIV. Atualmente 585 mil pessoas com HIV estão em tratamento no país. A maioria, 87%, faz uso do dolutegravir, um dos melhores medicamentos em todo o mundo, disponível no SUS. A diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken, comemora os números de adesão ao tratamento.
“A Aids não acabou, eu acho que essa é a grande mensagem. E as pessoas precisam se prevenir, mas precisam também ter adesão para ter a sobrevida que hoje as pessoas têm. Tem pessoas com depoimentos de 25 anos de vida tomando medicamento e 20 anos já de serem indetectáveis.”
O medicamento aumenta em 42% a chance de diminuição entre adultos da carga viral do HIV no sangue, quando comparado ao tratamento anterior, usando o efavirenz. Além disso, a resposta virológica com o dolutegravir é mais rápida: no terceiro mês de uso, mais de 87% os usuários já apresentam redução da carga viral, quando a circulação do vírus no sangue chega a menos de 1.000 cópias por mililitro, segundo estudos realizados pelo Ministério da Saúde.
“Então, acho que é importante essa mensagem dos indetectáveis porque uma pessoa que é indetectável não transmite o HIV. É um benefício pessoal porque essa pessoa não adoece de Aids e não morre, mas ela também não transmite o HIV. Então dizer que o Brasil faz as duas coisas, ela dá maior sobrevida. As pessoas não estão mais falecendo.”
Para ficar em paz e ter mais segurança, faça o teste rápido em qualquer unidade de saúde do seu estado. Use camisinha, conheça as outras formas de prevenção combinada, no SUS, e proteja-se. Trinta anos de Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Uma bandeira de histórias e conquistas. Saiba mais em aids.gov.br.
Agência Rádio