A obesidade infantil é considerada uma epidemia global. No Brasil, um terço das crianças estão acima do peso. O número é da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde. Muitos fatores contribuem para o ganho de peso, mas os maiores vilões são a dieta desbalanceada e a falta de exercícios físicos.
Estudo internacional publicado na revista PLoS One em 2013 mostrou que assistir à tevê de uma a três horas por dia pode aumentar o risco de obesidade em crianças e adolescentes entre 10% e 27%. A recomendação atual da Academia Americana de Pediatras é de que o tempo seja limitado a uma hora diária para meninos e meninas entre 2 e 5 anos.
O excesso de peso pode causar diabetes, pressão arterial alta e níveis elevados de colesterol. Por isso, é importante que a criança tenha uma alimentação saudável, evitando produtos processados, e esteja sempre em movimento.
Para incentivar a prática de atividades físicas, os pais devem dar bom exemplo aos pequenos. Os exercícios físicos aumentam o gasto calórico e trazem inúmeros benefícios para a saúde. A alimentação da família também deve ser revista.
“Para combater a obesidade infantil é importante que a família tenha uma alimentação saudável e balanceada, e estimule as atividades físicas dos filhos. Limitar o uso de jogos eletrônicos e celulares e procurar opções de lazer mais ativas e com mais movimento também são válidas”, afirma a professora de educação física da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Isabelle Guirelli.
Confira 3 dicas simples que podem fazer com que a criança mexa o esqueleto e gaste aquela energia que está sobrando:
Faça com que ela caminhe ao máximo. Caminhadas, em ritmo acelerado, ajudam a queimar calorias.
Não leve a mochila para ela e deixe que ela empurre o carrinho até a porta da sala de aula. Além de dar mais autonomia para a criança, isso também ajudará no gasto calórico. Mas é importante ter cuidado com o peso extra nas costas, que pode causar problemas na coluna.
Resgate as atividades ao ar livre. Tire a criança da frente da tela e vá com ela a um parque ou a um gramado. Brinque na rua, suba em árvores, estimule ela a andar de bicicleta e a jogar bola. São tantas opções baratas e divertidas que elas vão amar. Tem jogos com bola, esconde-esconde, pique bandeira, pula-corda, totó, pingue-pongue.
A atividade física não deve ser considerada apenas como prática esportiva. Os exercícios também não devem ser exaustivos. A ideia é que a criança encare essas atividades como um momento de lazer, confraternização com amigos e alegria. “O ideal é que a criança escolha a atividade física de sua preferência. Os pais devem respeitar os interesses dela para que haja motivação”, afirma a professora.
Outra boa opção é apostar nos esportes coletivos. Eles desenvolvem, além das capacidades físicas e habilidades motoras, a socialização. “Nesses momentos a criança vivencia situações de jogo, como as vitórias e derrotas, por exemplo, que são fundamentais para a formação da sua personalidade”, explica Guirelli.
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