Buscas por “vacina” e termos relacionados disparam, diz Google

O Google anunciou nesta segunda-feira (18) a criação de uma “central de insights” sobre a vacinação contra a Covid-19. A página permite acompanhar tendências nas buscas por termos relacionados, e a entender as principais dúvidas dos brasileiros sobre a chegada e uso imunizante no país, os planos de vacinação e os fabricantes mais buscados.

Segundo a página, entre as regiões o sudeste lidera as buscas por “vacina”, mas entre os estados o com o maior interesse é o Rio Grande do Norte, seguido por Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Amazonas. Globalmente, nunca se pesquisou tanto por “vacina” desde 2004, início da série histórica do Google Trends.

A vacina mais popular nas buscas é a “vacina Coronavac”, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan, que no domingo (17) teve seu uso emergencial aprovado pela Anvisa.

A busca pelo termo chegou a ser 50 vezes mais alta que a pela última colocada a “vacina Moderna”, produzida por uma empresa do mesmo nome nos EUA. O interesse pela Coronavac, na verdade, é ainda maior considerando que na terceira posição do ranking está o termo “vacina Butantan”, que se refere ao mesmo imunizante.

Entre as palavras-chave a que mais cresceu é “vacinaja”, nome do portal criado pelo governo de SP para sua campanha de vacinação, que subiu 5.000% nos últimos sete dias. Outros termos, como “vacinômetro”, subiram 3.600% no mesmo período.

Já entre as perguntas, a que mais cresceu foi “quando a fiocruz deve começar a produzir a vacina da universidade de oxford”, com 5.000% em sete dias. A produção, segundo o governo do Rio de Janeiro, deve começar nesta quarta-feira (20). A previsão é que a fundação entregue 100 milhões de doses até julho.

Vacinação em São Paulo

Em São Paulo, o governo estadual abriu o portal Vacina Já, que permite aos membros dos grupos prioritários realizarem o cadastro para vacinação. O portal conta com um questionário, no qual é possível dar suas informações pessoais e de contato para manifestar interesse na vacina.Como as doses são limitadíssimas num primeiro momento, a distribuição será feita por etapas. O plano estadual de São Paulo prevê a aplicação das doses disponíveis primeiramente em profissionais de saúde, grupos indígenas e quilombolas.

Na sequência, o governo passa a priorizar as faixas etárias. Primeiro receberão a vacina aqueles com mais de 75 anos, seguidos pela faixa entre 70 a 74, depois de 65 a 69 e depois para aqueles entre 60 a 64. Segundo o governo, 77% das mortes por Covid-19 acontecem em pacientes com estas idades, o que explica a prioridade.

O plano prevê que 9 milhões de pessoas possam ser imunizadas até 28 de março, ainda sem uma previsão de quando o restante do estado poderá se vacinar.

 

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