O protesto dos caminhoneiros no Brasil programado para esta segunda-feira (1º) foi interrompido após a Justiça Federal emitir nos estados liminares que proíbem e penalizam quem bloquear as rodovias federais. De acordo com o documento, o caminhoneiro que vier a descumprir a norma pode pagar R$ 10 mil de multa.
A intenção de se mobilizar, no entanto, se mantém. Ao ClickPB, a liderança dos caminhoneiros na Paraíba, Albério Lima, informou que está em contato com representantes da categoria em outros estados e alertou que, caso haja bloqueio em outras regiões, eles pretendem fazer o mesmo no estado.
“A gente tem que lutar pelos nossos objetivos. Nós não queremos apenas que abaixe o preço do óleo não, queremos gasolina, o gás de cozinha e a comida dentro de casa. Eu quero chamar a população que venha a nos apoiar. Os taxistas, os motoristas de aplicativo, todos, pois não estamos mais aguentando rodar desse jeito”, disse.
Albério classificou a liminar como antidemocrática e alegou que os caminhoneiros estão sofrendo pressão de Poderes públicos para que não se manifestem, além de culpar o presidente Jair Bolsonaro por abandonar a categoria desde que assumiu o cargo em 2019.
“Todo mundo tem seu direito de manifestação. A gente vive em um Brasil que é democrático, mas não é o que está acontecendo. Quer dizer que no dia 7 de setembro, [Bolsonaro] chamava a gente para a greve dos caminhoneiros e hoje a gente não pode? Apoiamos um presidente e faz três anos que ele não olha para a gente”, concluiu.
Até às 9h da manhã, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que não havia pontos de aglomeração ou manifestação nas rodovias que cortam a Paraíba.