O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB), Raoni Lacerda Vita, determinou, nesta quinta-feira (17), que o Campinense deverá identificar os vândalos que provocaram ‘quebra-quebra’ no estádio Amigão, em Campina Grande. Além disso, ficou determinado pelo TJDF-PB que o próximo jogo da Raposa terá portões fechados, conforme decisão a qual o ClickPB teve acesso.
Chegou ao presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba “através de mensagens e vídeos em redes sociais, bem como em notícias na imprensa paraibana, fato lamentável e grave ocorrido na data de ontem (16/03/2022) durante a partida Treze x Campinense, do Campeonato Paraibano da Primeira Divisão de 2022, quando torcedores depredaram e arrombaram um dos portões do Estádio Governador Ernani Satyro (“Amigão”), adentrando de maneira ilícita nas arquibancadas e entrando em confronto físico com policiais que imediatamente identificaram a conduta e tentaram reprimi-la.”
O relatório da decisão contou com link do ClickPB com a notícia e vídeo da confusão provocada no Amigão. “Colhe-se, ainda, do vídeo, que o torcedor que realizou tal filmagem afirma que os portões teriam que ser arrombados para que a “Facção Jovem” entrasse, em nítida referência a uma “Torcida Organizada” do Clube (que tem o perfil “@faccaojovemoficial” no Instagram)”, relatou o presidente Raoni Vita.
Ainda segundo o presidente do Tribunal, “é possível notar que diversos torcedores ingressaram de maneira ilícita no estádio com a partida em andamento, eximindo-se inclusive de serem submetidos a revista policial para averiguação se estavam portando materiais ilícitos ou criminosos (inclusive armas), e ainda parte deles entrou em confronto com a Polícia Militar, colocando em risco a vida dos policiais que ali estavam em serviço, bem como dos demais torcedores que ingressaram de maneira regular com seus amigos e familiares no Estádio.”
Na decisão, o presidente Raoni Vita declarou que “diante dos elementos até agora encontrados, verifica-se – ao menos indiciariamente – que o fato foi causado pela torcida do clube visitante (Campinense), muito embora também deva ser apurada possível responsabilidade/contribuição do mandante (Treze).”
Ele aponta que, não é possível identificar os autores do fato, “de modo que verifico a necessidade de aplicação do art. 81 do CBJD, pelo que determino a instauração de inquérito a ser concluído com relatório no prazo máximo de 15 (quinze) dias, sobretudo diante da relevância da matéria.”
O presidente do TJDF-PB determinou “a urgente intimação do Campinense Clube para que, nos termos do art. 213, §3º, do CBJD, caso deseje, identifique os autores da desordem e apresente todos os esclarecimentos sobre o fato, no prazo de 48h (quarenta e oito horas). Caso o Campinense Clube não identifique os autores, desde já determino cautelarmente, com base no art. 93 do CBJD, que a próxima partida em que ele for mandante no Campeonato Paraibano de 2022 (qual seja, no dia 25/03/2022, contra o Sport Clube) seja realizada com portões fechados, sem a presença de torcida.”
O Treze, mandante no jogo onde houve a confusão, também foi alvo de intimação. “Determino, ainda, a intimação do Treze Futebol Clube para que também no prazo de 48h (quarenta e oito horas) apresente esclarecimentos sobre o fato.”
“Após a resposta do Campinense Clube ou decurso do prazo, retornem os autos conclusos a esta Presidência para análise do cumprimento desta decisão e aplicação da determinação cautelar ou outras adicionais que se façam necessárias, e posterior distribuição do feito”, finalizou o presidente Raoni Vita.
Confira a decisão na íntegra
ClickPB