Cartaxo autoriza segunda etapa das obras de proteção da Barreira do Cabo Branco

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, autorizou, na manhã desta quarta-feira (11), o início da segunda etapa das obras de proteção da Barreira do Cabo Branco. Fruto de um projeto desenvolvido por técnicos da Secretaria de Planejamento (Seplan), da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), esta é uma obra histórica para a Capital paraibana, por se tratar da primeira iniciativa concreta após décadas de debates sem resultados práticos para proteger a falésia. Enquanto a primeira etapa consistiu na drenagem das águas pluviais, agora está sendo iniciado o trabalho de enrocamento da Barreira.

A primeira etapa do projeto, iniciada no ano passado e considerada a mais importante na parte continental da Barreira, é a drenagem, que está sendo inteiramente executada com recursos próprios da Prefeitura Municipal de João Pessoa. A construção da rede de drenagem consiste na implantação de 10 novos trechos que irão se integrar à rede já existente no entorno dos bairros Altiplano e Seixas. “Enquanto aguardávamos a aprovação das etapas seguintes pelo Governo Federal, nós iniciamos a fase da drenagem com recursos próprios”, disse Luciano.

Essa intervenção da nova rede de drenagem disciplina o curso da água das chuvas até a praia, reduzindo o impacto, já que o lançamento das águas pluviais passa a ocorrer em dois pontos de emissão que foram reforçados para receber a nova rede nas praias do Seixas e do Cabo Branco. A capacidade de escoamento é quatro vezes maior, dados os tamanhos das manilhas instaladas, substituindo as anteriores de 400 de diâmetro por novas manilhas de 1.500 de diâmetro. A área total de contribuição da rede de drenagem equivale a 173 hectares.

A segunda etapa, iniciada hoje, é o enrocamento, ou seja, colocação de pedras no sopé da barreira para evitar que o mar a atinja e continue provocando sua erosão. Esta etapa e as seguintes, engorda da faixa de areia e construção dos gabiões marinhos intercalados com a linha de corais existente, integram o projeto que passou a ser submetido a análises no Governo Federal desde 2017 e que, após a aprovação em sua integralidade, contou com o apoio da bancada federal paraibana para a liberação dos recursos, o que ocorreu no início de novembro.

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