O empresário e acusado de matar o motoboy Kelton Marques, Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, teve seu julgamento adiado nesta sexta-feira (24), após a defesa do réu apresentar um atestado médico por pedra no rim e infecção urinária. A informação foi confirmada pelo pai do motoboy, Jailson de Souza, ao Portal Correio.
A nova data do julgamento é 18 de dezembro. O acusado será julgado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
De acordo com o advogado de acusação, Luiz Pereira, o julgamento, que antes seria por vídeo chamada, acontecerá presencialmente em João Pessoa devido a possíveis problemas técnicos na plataforma de vídeo conferência.
Ainda segundo o advogado, a juíza responsável pelo caso deixou claro que, caso haja mais um pedido de adiamento, a Defensória Pública será intimida a acompanhar e realizar o julgamento no dia 18 de dezembro.
Relembre o caso
Kelton Marques de Sousa, de 33 anos, foi vítima de crime de trânsito no dia 11 de setembro de 2021, no cruzamento das avenidas Flávio Ribeiro Coutinho (Retão de Manaíra) e Miriam Barreto Rabêlo, em João Pessoa. Ele foi atingido por um carro em alta velocidade, conduzido por Ruan Ferreira de Oliveira.
Kelton seguia em velocidade normal pela Avenida Miriam Barreto Rabêlo quando foi atingido por Ruan. Ele foi arremessado a alguns metros e teve morte instantânea. Vídeo gravado de dentro do carro mostra que o automóvel trafegava a 163 km/h e ultrapassou o sinal vermelho no Retão de Manaíra. A gravação foi obtida pela família da vítima junto à polícia e cedida à imprensa.
O carro de Ruan Ferreira de Oliveira se chocou com o muro de um condomínio e ficou parcialmente danificado. Imagens registradas por câmeras de segurança da região mostram o motorista fugindo a pé, aparentemente sem ferimentos. Latas de cerveja vazias e maconha foram encontradas dentro do automóvel.
Desde a data do crime, familiares e colegas de Kelton Marques realizaram vários protestos na Capital para cobrar justiça. Pouco mais de dez meses se passaram sem que a Polícia Civil conseguisse cumprir o mandado de prisão preventiva expedido contra o acusado.
Portal Correio