O Brasil registrou 281.049 de casos prováveis de dengue nas seis primeiras semanas de 2025. De acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, até esta quinta-feira (13), a incidência da doença teve queda de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 698.482 casos.
Segundo o painel, os estados que apresentaram redução no percentual de casos, foram Rio de Janeiro (91%), Minas Gerais (88%), Amapá (79%), Paraná (74%) e o Distrito Federal (97%).
Apesar da redução, o Brasil continua sendo o país da América Látina com o maior número de registro, com 87% dos casos, segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde). Em seguida, aparecem Colômbia (5,6%), Nicarágua (2,5%), Peru (2,5%) e México (2,5)%.
Dengue tipo 3 preocupa autoridades
Do total de casos, São Paulo concentra a maior parte, com 164.463 mil incidências. No entanto, desde o início do ano, a região tem registrado uma maior presença do sorotipo 3 da dengue, gerando preocupação nas autoridades locais.
De acordo com o governo, a elevação contínua em São Paulo preocupa devido à maior presença do sorotipo 3, que não circulava no país há mais de 15 anos.
“Estamos em estreito diálogo com a secretaria estadual de saúde, conselho de secretarias municipais do estado e secretarias municipais de saúde daqueles municípios com maiores números de casos de dengue, com visitas e apoio técnico”, destacou o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.
O sorotipo DENV-3 é considerado um dos estágios com maior potencial de causar formas graves da doença.
No início de fevereiro, a Opas emitiu um alerta para riscos de surtos devido à circulação da doença. A organização indicou que além do Brasil, o vírus está presente na Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e Porto Rico.
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