China constrói trem mais rápido do mundo, mas ele não tem para onde ir

A China inaugurou no início dessa semana um trem de levitação magnética, ou maglev, que pode atingir nada menos do que 600 quilômetros por hora, o que o torna o veículo de transporte sobre trilhos mais rápido do mundo. Porém, existe um pequeno empecilho para que o trem comece a operar efetivamente: não foram construídos trilhos adequados para que ele possa viajar.

Por conta disso, apesar de toda a pompa da inauguração, o trem ainda não pode viajar, contudo, os inventores do veículo prometem que vão construir em breve uma nova rede de trilhos, para que o trem possa operar determinadas viagens pelo gigantesco território chinês possam ficar mais rápidas e confortáveis.

Apesar da atual falta de trilhos, o trem é considerado uma maravilha da engenharia. Falar em “trilhos”, na prática, é uma simplificação, já que o trem desliza sobre uma espécie de almofada com um grande força eletromagnética. Além de ser o trem mais rápido do mundo, o maglev chinês também emite baixos níveis de ruído e requer muito menos manutenção do que outros trens de alta velocidade.

Ele também é muito mais espaçoso do que seus concorrentes, o que permite o aumento da capacidade de passageiros. Com isso, a China fica dependendo apenas dos trilhos para ir para um estágio superior dentro do segmento de transporte avançado. Os planos do país são de estabelecer círculos de três horas entre Pequim e Xangai, as duas principais cidades do país.

Menos voos
Caso o objetivo seja alcançado, a China conseguirá reduzir bastante o tempo das viagens e diminuir a dependência de viagens aéreas. Apesar de muito rápido para um meio de transporte terrestre, o maglev chinês é cerca de 190 km/h mais lento do que um avião comercial, que faz a viagem entre as duas megalópoles em mais ou menos duas horas e meia.

Porém, excluindo-se a necessidade de esperar em aeroportos e de seguir os rígidos protocolos exigidos pela aviação comercial, é possível que as viagens no trem sejam até mais rápidas do que os voos entre Pequim e Xangai.

Com informações do Futurism