Devido à pandemia do coronavírus, a tese de adiamento das eleições municipais tem crescido entre os políticos. O mais recente a defender que o pleito não aconteça no próximo mês de outubro é Cícero Lucena, que já ocupou os cargos de senador, governador da Paraíba e prefeito de João Pessoa. Em entrevista exclusiva ao ClickPB nesta terça-feira (24), Cícero comentou que “esse é um momento de oração, de solidariedade, não de disputa política, de disputa eleitoral”.
Mesmo afastado da política, sem exercer cargo público, Cícero continua sendo uma grande influência no setor político, sempre procurado para aconselhar os demais. “Já dei opinião a alguns parlamentares daqui da Paraíba, e aqueles que eu tive oportunidade aqui do Brasil, para que aproveite esses recursos, não só os R$ 2 bilhões do fundo partidário, outros possíveis dois bilhões que serão gastos no dia da eleição, mas os custos da Justiça Eleitoral para preparar essas eleições. Pegar todo esse recurso e voltar para, exatamente, a solidariedade, o tratamento eficiente na área de saúde para o oque estamos vivendo”, ressaltou Cícero.
Para Cícero, o que o país precisa no momento é de união e solidariedade. “Acredito que as pessoas têm que tirar suas vaidades, seus desejos, seus sonhos”, defendeu o ex-governador. “Eu acho que chegou a hora de o povo se unir e cobrar da classe política como um todo para que possamos fazer a coincidência da eleição de prefeito e vereador para daqui a dois anos”, defendeu.
Cícero ainda se mostrou preocupado com a situação econômica que o país terá que enfrentar logo após o pico da pandemia. “Vai ficar algo que temos todos que nos preocupar, que é a questão do desemprego, a falência das pequenas e médias empresas. O momento é muito sério”, relatou.
Ele ainda fez questão de dizer que agradece a preferência de muitos por seu nome para a disputa nas próximas eleições como candidato a prefeito de João Pessoa. “Quero agradecer todos aqueles que encontro na rua e me dizem que eu deveria ser candidato, agradeço a confiança, mas eu queria dizer que o Brasil é maior e o respeito ao próximo também. Por isso, defendo e peço a todos para que nos juntemos no sentido de defender a eleição só para daqui a dois anos”.