Comunidade Dubai I em Mangabeira tem 90 famílias estão cadastradas para receber o auxílio moradia, e 247 se recusam

Após desocupação da área conhecida como comunidade Dubai I, em João Pessoa, 90 pessoas já foram cadastradas para receber o auxílio aluguel no valor de R$ 350 da prefeitura municipal e o restante se recusa a receber.

As pessoas que foram desabrigadas na operação estão divididas entre o ginásio do Centro Profissionalizante Deputado Antônio Cabral (CPDAC), no Valentina, entre a escola João Gadelha e o ginásio Hermes Taurino, ambos em Mangabeira.

A Secretaria de Desenvolvimento Social informou ao g1 que, nesses espaços, são 284 famílias cadastradas, e existem mais 53 famílias que estão em casas de familiares.

A documentação de todas essas famílias foi requisitada para incluí-las no auxílio, porém apenas 90 famílias entregaram a documentação. Essas já estão inclusas no processo de concessão.

Ainda de acordo com a secretaria, a entrega de alguns documentos está sendo desburocratizada, conforme recomendação do Ministério Público, e dando um prazo para que as famílias que aderiram ao auxílio moradia possam apresentar esses documentos faltantes. De início, é requisitado apenas identidade, CPF e dados bancários.

Porém, famílias estão se recusando a entregar as documentações e a secretaria encontra muita resistência por parte das famílias que estão abrigadas.

As famílias devem receber o auxílio moradia até receberem as suas unidades habitacionais que serão entregues pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Habitação Social.

Um representante da Comunidade Dubai, Rivanildo Costa, explicou o motivo da recusa de algumas famílias em não receber o auxílio. Segundo ele, parte dos moradores exige que, antes de receber o auxílio, seja feito um mapeamento das terras e que as casas que ali ficavam sejam catalogadas. Até que isso aconteça, eles vão continuar ocupando as escolas.

Em entrevista para a TV Cabo Branco, a secretária de habitação da capital, Socorro Gadelha, informou que além do auxílio, os moradores cadastrados também recebem um vale alimentação no valor de R$ 50.

Segundo a secretária, o auxílio-moradia é dado para que as pessoas escolham a casa onde vão ficar provisoriamente. Já sobre o imóvel definitivo, dois terrenos disponíveis estão sendo analisados. O projeto será apresentado ao Ministério Público na semana que vem e, depois, aos moradores em uma reunião de uma comissão de representantes. Os recursos já estão garantidos, segundo a secretaria de habitação.

Uma reunião convocada pelo promotor da Infância e da Juventude do Ministério Público da Paraíba, Alley Escorel, foi realizada nesta quarta-feira (1º). Na ocasião, o promotor cobrou que o poder público apresente um plano de ação, explicando detalhadamente o que será feito para resolver a situação das famílias abrigadas, incluindo o prazo para a concessão dos auxílios-moradia. O prazo para apresentação do plano é até a próxima terça-feira (7).

g1pb