Em ação rápida e arquitetada, cerca de 20 homens fortemente armados atacaram a Penitenciária de Segurança Máxima Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes – PB1 e PB2, em João Pessoa. De acordo com a polícia, os homens começaram a agir aproveitando a região de mata próxima ao presídio para se esconder. De dentro da vegetação, começaram a atirar na guarita e no local de descanso dos 17 agentes penitenciários e 12 policiais que estavam de plantão.
Segundo o secretário, os policiais ainda tentaram reagir, mas tiveram que procurar abrigo para não serem atingidos, já que o tiro de calibre Ponto 50 é capaz de atravessar paredes.
Com os guardas acuados, o grupo aproveitou para se aproximar e detonar explosivos nos portões principal e lateral do presídio, sendo que este último foi por onde ocorreu efetivamente a fuga.
Depois disso, com a ajuda de um alicate de corte a frio, eles abriram o cadeado da cela de Romário Gomes da Silveira, conhecido como ‘Romarinho’, Ivanilson Pereira de Macedo e Antônio Arcênio de Andrade Neto, todos suspeitos de assalto e explosão a carro-forte e presos pela Polícia Militar da Paraíba no dia 6 de agosto deste ano, na cidade de Lucena.
Romário já havia sido preso pela polícia paraibana duas vezes este ano. Após liberarem o líder, o alicate foi largado, mas passou a ser usado pelos outros presos para abrir mais celas.
25 minutos de tiroteio
Através de áudios divulgados em grupos do WhatsApp, agentes penitenciários e policiais militares que estavam de serviço na guarda do PB1 disseram que os bandidos que fizeram o resgate dos presos passaram cerca de 25 minutos atirando contra as guaritas e o alojamento dos PMs da guarda. Um deles disse que chegou a atirar, crendo que um dos bandidos se aproximava e recebeu de volta uma rajada de tiros de fuzil.
Também disseram que as viaturas da PM não se aproximaram durante o ataque ao presídio, temendo ser fuzilados com as metralhadoras calibre 50, o que fez com que o reforço demorasse a chegar e os bandidos mantivesses os agentes acuados, obrigados a se abrigarem onde pudessem para serem mortos. “Mais de 1.200 cápsulas foram recolhidas no chão, na frente do presídio, fora as que ficaram dentro da mata”, disse um dos agentes.
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