Neste mês de julho, as contas de luz continuarão com a bandeira vermelha no patamar 2, o que vai acarretar em uma cobrança extra de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, a manutenção desta tarifa extra foi por conta das condições hidrológicas desfavoráveis e pela redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional.
Mas para o especialista em energia e professor da Universidade Federal Fluminense, Renato Queiroz, este modelo atual do setor elétrico precisa ser discutido e encarado com um problema no país.
“Não é somente São Pedro o culpado disso! Então eu acho o seguinte: o modelo do setor elétrico tem problemas que tem que ser encarados. O consumidor está pagando uma energia caríssima, nós temos uma das energias mais caras do mundo e ainda tem o imposto, que é uma taxa a mais. Aí tem a justificativa: ‘ah, porque não choveu, vou gerar mais térmicas… a térmica é mais caro’, mas vamos tentar discutir por que isto acontece? Não estão discutindo nesse governo, no governo passado… não estão discutindo. Então esta é a situação.”
De acordo com Renato Queiroz, soluções precisam ser apresentadas, mas enquanto isto não ocorre, o consumidor pode economizar energia, tentando tomar banhos mais curtos e em temperatura morna ou fria.
Caso a pessoa tenha ar condicionado, é preciso tomar alguns cuidados. Por exemplo, quando o aparelho for usado, evite deixar portas e janelas abertas, além de manter seu filtro limpo.
A Aneel sugere, ainda, que o consumidor só deixe a porta da geladeira aberta apenas o tempo que for necessário, e que nunca se coloque alimentos quentes em seu interior.
Uma outra dica é juntar roupas para serem passadas de uma só vez, e que não se deixe o ferro de passar ligado por muito tempo. E o principal, se não estiver no cômodo, apague a luz e durante longos períodos de ausência, deixe seus aparelhos em stand-by e retire-os da tomada.
Agência Rádio