O responsável por criar um aplicativo que pode identificar Covid-19 a partir do som da tosse está na Paraíba em busca de parcerias. Amil Khanzada é fundador e CEO da ONG norte-americana Virufy, organização de pesquisa dirigida por voluntários de 25 renomadas universidades de 20 países. Ele desembarcou em João Pessoa, onde faz a primeira parada da agenda no Brasil, nesta segunda-feira (6).
A ferramenta gratuita atua por meio de Inteligência Artificial, mas ainda está em fase de coleta de dados e negociação com governos para validar a operação.
O aplicativo funciona analisando os ruídos que a inflamação provocada pelo coronavírus produz nas vias aéreas superiores, mas que não são captados pela audição humana. A promessa é de que haja 80% de precisão nos resultados.
Segundo Khanzada, ele funciona de forma diferente dos testes convencionais para detecção da doença porque pode ser repetido várias vezes ao longo do dia, o que diminui a margem de imprecisão. Mais de 100 mil tosses estão no banco de dados da Virufy atualmente, enviadas por colaboradores de todo o mundo.
Ele explicou ao Portal Correio que a busca por parcerias no Brasil está em andamento em unidades de saúde e governos da Paraíba, de Santa Catarina e de São Paulo.
O Hospital Regional Hand Dieter Schmidt, em Joinville (SC), é uma colaboração confirmada. No local, pacientes submetidos a testes convencionais que detectam a doença são convidados a participar da pesquisa e tossir em um celular fornecido pela Virufy.
Apesar disso, Khanzada disse que a ferramenta poderá ser usada por qualquer pessoa, por meio do celular, o que pode tornar o procedimento para identificação da Covid-19 mais rápido e sem custos para pacientes.
Depois de passar por João Pessoa, Khanzada ainda tem reuniões marcadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, de onde volta para os Estados Unidos nesta semana.
Portal Correio