José Luiz Datena surpreendeu os telespectadores ao retornar ao comando do “Brasil Urgente”, na Band, nesta segunda-feira (9). O apresentador de 61 anos anunciou oficialmente sua desistência da candidatura ao Senado. Ele chegou a lançar sua pré-candidatura pelo DEM e tinha até 6 de julho para sair da TV para participar das eleições deste ano.
“Deixa eu falar uma coisa aqui. É claro que aparecendo na televisão como estou aparecendo agora fica eliminada qualquer possibilidade de eu ser candidato a qualquer cargo eletivo na República Federativa do Brasil. Como eu deveria ser candidato ao Senado brasileiro, é claro que tomar decisão é uma coisa muito difícil porque é extremamente solitário porque você ouve muita gente, mas quem decide é você”, declarou o apresentador na abertura do programa.
“Eu devo explicações primeiro a Deus, depois à minha família e ao meu público, que me acompanha ao longo desse tempo todo. Dessa vez, eu cheguei tão perto, cheguei a ficar dois domingos sem trabalhar, estava realmente decidido a ser candidato ao Senado aqui em São Paulo, mas o problema de desistir é que às vezes você desiste tão perto de conseguir um objetivo”, continuou o apresentador, que explicou ter conversado com a família e amigos próximos antes de desistir da candidatura.
“Me diziam: ‘Você vai ter voto pra caramba’, mas eu pensei bem, refleti, conversei com minha família, conversei muito com Deus, conversei com poucos amigos. Ouvi muitas opiniões e achei que ainda não era a hora. É a segunda vez que eu me proponho a ajudar o meu país. Dessa vez, fui até longe demais. Talvez nunca chegue a hora de eu ser político um dia, mas esta é a explicação que eu queria dar para cada um de vocês”, afirmou o apresentador.
Datena também esclareceu que permanecerá na Band e que voltaria à TV após o período eleitoral, mesmo se fosse eleito senador: “Eu vou continuar na Band até o final do meu contrato, faltam 2 anos e 6 meses. Não significa nada, porque eu iria continuar na Band de qualquer jeito. Eu tive aqui a promessa dos donos da emissora que depois das eleições, eleito ou não, eu estaria de volta aqui, não iria mudar muito, eu iria ficar 3 meses fora daqui.”
“Resolvi que eu ainda não estou preparado para ajudar o meu país na política brasileira. A política brasileira depende de gente séria, capaz, que consiga ultrapassar a maior crise que nós já enfrentamos até hoje. Vamos esperar que apareçam quadros capazes de tirar o Brasil desta situação. É difícil? É quase impossível. Por isso que eu refleti. Ainda não me sinto preparado para ajudar o meu povo, a nação brasileira, em uma outra função que não seja esta. Assim que eu estiver, eu largo de uma vez o que estiver fazendo e me proporei a concorrer a algum cargo. Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que está”, concluiu.
FONTE. blogdofelipesilva