Após uma série de polêmicas envolvendo a veracidade das informações que constavam em seu currículo, Carlos Alberto Decotelli, que nem chegou a ocupar oficialmente a pasta, entregou, no final da tarde deste terça-feira (30), carta de demissão do Ministério da Educação ao presidente Jair Bolsonaro.
Decotelli havia sido escolhido para assumir o lugar do então ministro Abraham Weintraub, exonerado no dia 19 de junho.
Na sexta-feira (26), a Universidade Nacional de Rosario (Argentina) divulgou que ele não recebeu o título de doutor. A instituição declarou que Decotelli cursou as disciplinas e cumpriu os créditos exigidos, mas sua tese foi reprovada em uma primeira análise e ele não voltou a submeter o trabalho aos pares.
Outra instituição a reivindicar uma informação do ministro foi a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, que informou que ele nunca obteve certificado pela instituição e não recebeu bolsas ou qualquer tipo de suporte financeiro.
De acordo com a instituição, ele conheceu uma professora da Wuppertal no Brasil e, a partir deste contato, foi à universidade para produzir uma pesquisa, mas sem nenhum vínculo.
Já nesta segunda-feira (30), foi a vez da Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmar que Decotelli nunca chegou a ser professor efetivo da instituição.
paraiba.com.br