A atividade física ao ar livre é um dos grandes prazeres do verão. Isto é ótimo, desde que se redobrem as precauções para evitar situações de hipertermia, isto é, o aumento perigoso da temperatura corporal.
Os seres humanos, ao contrário de outras espécies animais, são homeotérmicos, isto é, possuem uma temperatura corporal praticamente constante, sem flutuações superiores a 1 grau Celcius (ºC). A manutenção da temperatura corporal pressupõe um equilíbrio entre as perdas de calor e a produção do mesmo; assim, se a produção excede a perda, produz-se um aumento da temperatura interna.
Dois dos potenciais riscos de praticar exercício físico durante o verão – sobretudo, se for de forma intensa – são a ação dos raios solares e a hipertermia. Quanto a esta última, como em tantos outros aspetos relacionados com a saúde, as medidas preventivas são mais importantes do que as curativas.
A produção excessiva de calor, que dá origem ao estado de hipertermia, é um perigo a que estão muito mais expostas as crianças e as mulheres. No entanto, com as adequadas medidas de prevenção, designadamente no que se refere às roupas, à escolha dos horários mais indicados para a prática do desporto e à manutenção da hidratação, consegue-se, sem dificuldade, um bom equilíbrio entre a produção e a perda de calor.
Riscos para a saúde
O organismo possui uma série de mecanismos para a correta manutenção da temperatura corporal. Um deles é a evaporação, através da sudação, que é a forma mais usual na prática do exercício. Quando se combinam a intensidade do exercício com temperaturas ambientais elevadas e um alto grau de humidade relativa do ar, o mecanismo de transferência de calor altera-se e a temperatura central sofre um aumento exagerado, o que dá lugar a uma série de manifestações patológicas, que recebem, no seu conjunto, o nome de stress térmico.
FONTE: Saúde e Bem Estar