A sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher vai ser marcada por vários movimentos no Brasil e no Mundo. Na Paraíba ao menos três movimentos estão preparando protestos e manifestações em prol dos direitos das mulheres.
Desde o início da manhã, A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Coordenação Estadual da Delegacia da Mulher, realiza uma panfletagem e café da manhã para marcar a ação das Delegacias de Atendimento a Mulher no 8 de março em João Pessoa.
Além do café da manhã, houve distribuição de material informativo sobre a Lei Maria da Penha, e ainda serviços de saúde e presença da Delegacia Móvel.
A atividade faz parte de uma agenda da Coordenação das Delegacias da Mulher, que abrange trabalhos em todo o Estado. Ao todo, a Polícia Civil conta com 15 estruturas de atendimento especializado à mulher, entre delegacias e núcleos.
Às 14h, em frente ao Teatro Santa Roza, no centro da capital, o Coletivo Cunhã organiza uma marcha denunciar a violência, a retirada de direitos, o racismo, a discriminação sexual e no mercado de trabalho, a destruição do meio ambiente e a precarização da saúde e da educação, fatores que têm se intensificado nos últimos meses após a eleição do candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro, no Brasil.
“Nós elencamos 08 dos principais pontos pelos quais as mulheres devem lutar no Brasil. Quando um governo com estas características políticas assume o poder, os direitos das mulheres são os primeiros a serem perseguidos e retirados, haja vista o que está sendo colocado pela reforma da previdência. Além de denunciar, vamos chamar as companheiras para resistir e mostrar que o feminismo é o movimento que trouxe muitas conquistas para as mulheres e que precisamos estar unidas para barrar todos estes retrocessos”, afirmou uma das organizadoras do 08 de março na Paraíba e integrante da Cunhã – Coletivo Feminista, Joana Darc da Silva.
A marcha por direitos também vai lembrar da vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, e que até o momento, nenhum culpado do seu assassinato foi preso. Para lembrar a memória da parlamentar será realizado o “Festival Marielle Vive – 12 horas de resistência para 12 horas de espera”,no Parque Sólon de Lucena no dia em que completa um ano da morte de Marielle. Entre as atividades estão previstas a realização de debates, exposições e apresentações culturais de diversas expressões. Ainda será estruturada uma área para exposição da biografia de Marielle Franco (vida, lutas e projetos); e uma ação social com médicos/as populares, advogados/as populares e assistentes sociais especialistas em previdência, que atenderão o público e explicarão sobre a demanda na atualidade após as possíveis reformas anunciadas pelo atual governo.
Cajazeiras, Patos, Campina Grande e Guarabira também terão atos públicos para marcar o 08 de Março na Paraíba. Marchas, caminhadas e atos de rua, panfletagens, exposições, mostras, filmes, batucadas e bazar, oficinas, cursos, rodas de diálogos, seminário e Audiências Públicas são algumas das ações que foram programadas pelo movimento feminista da Paraíba e devem acontecer durante todo o mês.
Para ficar por dentro de toda a programação de resistência das mulheres paraibanas, é só acessar a página da Jornada Feminista, através deste link: https://www.facebook.com/Jornada-do-8-de-Mar%C3%A7o-das-Mulheres-da-Para%C3%ADba-1844588692476235/
A Igreja Metodista de João Pessoa e Cabedelo promove a IV Marcha Pelo Fim da Violência Contra Mulher. O evento terá concentração no Ponto de Cem Réis, no Centro da Capital, a partir das 15h30. De lá, mulheres e homens saem em caminhada até a Lagoa do Parque Solon de Lucena.
“Essa mobilização é para mulheres, mas homens e juventude também saem às ruas, denunciando todo tipo de agressão contra a mulher, pois entendemos que a igreja tem a missão de combater a violência e acolher as vítimas”, disse a pastora Thaiana Assis, uma das organizadoras do evento.
Além da Marcha, que acontece no dia 8, durante todo este mês, a Igreja Metodista em João Pessoa promove ações de conscientização, utilizando as redes sociais Facebook e Instagram.
A campanha “Nós Voz Elas”, que conta casos reais de violência sofrida por várias mulheres, é uma delas. “Os textos foram interpretados por irmãs da nossa igreja. Ao longo dessa semana, divulgamos um vídeo por dia. Um esforço para a conscientização da sociedade e convite a se engajar na luta pelo fim da violência contra a mulher”, afirmou a pastora Thaiana Assis.
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