A Meta lançou oficialmente na quarta-feira (5) o Threads, novo rival do Twitter conectado ao Instagram. No ar há menos de 24 horas, a chegada da rede social movimentou a internet e despertou o interesse dos usuários, com Mark Zuckerberg, CEO da Meta, divulgando que em apenas sete horas a plataforma recebeu 10 milhões de inscritos.
O que aconteceu?
- Aproveitando a imagem afetada do Twitter, a Meta lançou o Threads como a resposta do Instagram à rede do passarinho;
- O lançamento oficial estava previsto para quinta-feira (6), mas a big tech decidiu antecipar devido ao furor acerca do app;
- Zuckerberg passou a noite no Threads respondendo aos usuários e atualizando sobre os números da rede social — ele também comentou sugestões feitas para a ferramenta;
- O app é baseado no Instagram e integrado ao ActivityPub, protocolo de mídia social descentralizado;
- Semelhante ao Twitter, a mídia é focada em texto e tem praticamente as mesmas funções;
- Uma das diferenças é a possibilidade de interagir com usuários de outros serviços, como o Mastodon, além de um limite de caracteres consideravelmente maior;
- Inicialmente, a Europa não receberá o app devido regras mais rígidas de privacidade de dados na UE.
Acho que deveria haver um aplicativo de conversas públicas com 1 bilhão de pessoas nele. O Twitter teve a oportunidade de fazer isso, mas não acertou em cheio. Espero que nós consigamos.
Mark Zuckerberg no Threads.
Animado com a estreia do novo produto, o dono da Meta também foi ao Twitter “provocar” Elon Musk, chefe da plataforma. O empresário compartilhou o famoso meme do Homem-Aranha enfrentando o Homem-Aranha — uma forma bem-humorada de apontar a rivalidade entre os dois serviços bem parecidos.
Atualmente, o Twitter tem cerca de 200 milhões de usuários ativos. A rede social, que foi comprada por Elon Musk em 2022, tem 17 anos.
O Threads acabará com o Twitter?
Segundo análises, a ligação do Threads com o Instagram pode dar a ele uma base de usuários integrada e um reforço em publicidade — um dos setores mais importantes para a maioria das empresas tech. Para outros, o lançamento pode ser também uma oportunidade de criar uma versão menos tóxica do Twitter.
Os investidores não podem deixar de ficar um pouco entusiasmados com a perspectiva de que a Meta realmente tenha um ‘assassino do Twitter’.
Danni Hewson, chefe de análise financeira da empresa de investimentos AJ Bell, à Reuters.
Com o lançamento antecipado, as ações da Meta fecharam em alta de 3% na quarta-feira, superando os ganhos de empresas de tecnologia rivais.
Saiba mais aqui sobre o risco do Threads ao Twitter.
Mais sobre o Threads:
- A plataforma é um aplicativo independente, assim os usuários podem tanto criar novas contas como fazer login usando suas credenciais do Instagram — e seguir os mesmos contatos;
- Com ele é possível fazer postagens de textos curtos, curtir, repostar e responder;
- Ainda não há nenhum recurso de mensagem direta, como no Twitter e Instagram;
- As publicações podem ter até 500 caracteres e incluir links, fotos e vídeos de até cinco minutos;
- O Threads já está disponível em mais de 100 países na App Store da Apple e na Play Store do Google.
Apesar da empolgação e interesse pelo novo app, por ser uma rede social nova, usuários realizaram apontamentos sobre recursos que faltam na plataforma.
Entre eles estão a inclusão de um tradutor e um ‘close friends’ — muitos usuários não acharam legal a ideia de ter todo o seu Instagram (o que inclui família e contatos do trabalho) no seu perfil do Threads, que assim como a essência do Twitter deverá ser usado para divulgar opiniões tanto profissionais como pessoais.
olhardigital