Enfermeira do Clementino Fraga e indígena são os primeiros vacinados em JP

O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, comentou em entrevista na manhã desta terça-feira (19), minutos antes do início da vacinação em João Pessoa e em seguida distribuição das doses de imunizante para os demais municípios da Paraíba, que as primeiras pessoas a serem vacinadas na Paraíba serão um indígena e uma enfermeira do hospital Clementino Fraga.

A enfermeira Marines Gouveia, de 61 anos, está na linha de frente de combate à Covid-19, desde o início da pandemia.

“A enfermeira manifestou seu humanismo ao assinar, no início da pandemia, um termo de compromisso para trabalhar na área Covid-19, mostrando seu despojamento e coragem, mesmo sendo pertencente a um grupo de risco”, destacou.

“Nesse momento eu me sinto lisonjeada, emocionada, fazendo parte dessa solenidade tão esperada. Ontem fui surpreendida pelo diretor do hospital, Fernando Chagas, sou efetiva, trabalho lá há 17 anos, e ele me surpreendeu por ter sido escolhida, por ser da área de risco. Assinei um termo e não poupei esforços para estar aqui, enfrentamos o período mais difícil, o nosso hospital referencial ficou sem nenhuma condição, não esperávamos, enfrentamos e eu fui uma escolhida. Não foi fácil, foi mto lamentável, no inicio tantas vidas ceifadas, todos os profissionais sofrendo pensando no amanhã que poderia ser um de nós. Lembrem-se que a pandemia não acabou, todos devem seguir rigorosamente as determinações da vigilância sanitária, manter o distanciamento e lavagem das mãos. Apesar de tomar a vacina hoje, sabemos que o efeito não é imediato e ainda tem a segunda dose, mas se Deus quiser vamos vencer essa doença”, disse a enfermeira.

O indígena foi a segunda pessoa a ser vacinada.

De acordo com o secretário, 34% das vacinas será destinada aos profissionais que trabalham no front na área Covid-19. Já sobre os demais públicos, Medeiros destacou que o Ministério da Saúde e Governo Federal estão trabalhando para propiciar o próximo lote de vacinação para a população altamente vulnerável que é a de idosos, principalmente os que tem mais de 75 anos. “São 70% dos casos que se internam e infelizmente também os que mais morrem”, disse.

 

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