Enquanto Cagepa e PMJP fazem firula, esgoto continua desaguando na orla de Cabo Branco

Os banhistas e moradores do Cabo Branco, em João Pessoa, sofrem há tempos com o esgoto que deságua na praia. Nesta quarta-feira (06) a equipe de reportagem do ClickPB percorreu a orla do Cabo Branco e detectou a situação precária do local. A Cagepa e a Prefeitura de João Pessoa não conseguem chegar a um consenso sobre quem teria a responsabilidade de tomar providências para resolver o problema.

Em dois pontos da praia foram encontrados locais de despejo do esgoto no mar, levando a poluição e contaminação para as águas. O esgoto é proveniente dos estabelecimentos comerciais da região, dos hotéis e até mesmo das residências.

 

 

A Prefeitura Municipal de João Pessoa e a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), responsáveis pela fiscalização da desembocadura das galerias pluviais para evitar a poluição, até agora não se moveram para solucionar o problema.

Em março de 2017, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) criou uma comissão unindo a Prefeitura de João Pessoa e a Cagepa para buscar uma solução. No entanto, a situação persiste até o momento, apesar de reuniões já terem sido feitas para tratar do assunto.

O Ministério Público também é ciente da agressão ao meio ambiente, mas também não agiu efetivamente para solucionar o problema. Os banhistas tentam se esquivar dos esgotos e evitar a provável contaminação. No entanto, alguns ainda insistem em sujar as areias da praia e as águas do mar ao não recolher o seu lixo.

Os moradores da região seguem reclamando da poluição, do mau cheiro, do risco de contaminação e proliferação de doenças provocadas pela desembocadura dos esgotos no mar. Apesar disso, ainda não há um posicionamento concreto para que a situação seja sanada.

Um dos pontos de desembocadura do esgoto é em frente ao Bar do Cuscuz. Já o outro local com esgoto na Praia de Cabo Branco é na rotatória localizada no final da avenida Cabo Branco. Segundo os recentes relatórios elaborados pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) em relação à balneabilidade das praias, o trecho é impróprio para banho.

 

 

ClickPB