O Procon-SP divulgou um balanço preliminar da Black Friday deste ano, destacando que a principal reclamação dos consumidores foi relacionada a atrasos na entrega de mercadorias. Além disso, houve queixas sobre produtos ou serviços diferentes do que foi adquirido, cancelamento de compras após a finalização da venda, maquiagem de preços e indisponibilidade dos itens anunciados.
No total, foram registradas 2.016 queixas, incluindo reclamações no site e consultas e orientações feitas pelas redes sociais. Problemas com entrega somaram 639 casos.
A Black Friday, realizada na última sexta-feira de novembro após o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, é conhecida por oferecer grandes descontos em lojas físicas e online, impulsionando as vendas para o Natal. No Brasil, o comércio também adere à data com promoções e descontos.
Entre as empresas mais reclamadas este ano estão Dotcom/Sephora, Magazine Luiza, Netshoes, Época Cosméticos, Magalupay e Hub Fintech.
Especialistas do Procon-SP sugerem que as empresas utilizem essas informações para melhorar a gestão dos negócios. “Mais do que alertar o consumidor, as informações sobre os problemas mais reclamados deveriam ser utilizadas para identificar gargalos e melhorar toda a gestão do negócio, retirando a marca das listas futuras e melhorando o relacionamento com o consumidor”, afirma a nota.
Procon segue fiscalizando as vendas de Black Friday
O Procon-SP realiza reuniões periódicas com as empresas para discutir as questões reclamadas, baseando-se em informações reais dos consumidores. Se bem utilizados, esses dados oferecem uma oportunidade de mudança estratégica para a melhoria de todo o negócio, segundo Luiz Orsatti Filho, diretor-executivo do Procon-SP.
O órgão continua recebendo reclamações sobre a Black Friday e informa que, desde 30 de outubro, disponibilizou um atalho para indexar essas queixas, permitindo uma análise e atendimento mais ágeis. Fiscais do Procon também monitoraram mais de 60 produtos em 10 sites de comércio eletrônico para identificar possíveis infrações ao Código de Defesa do Consumidor, além de percorrerem estabelecimentos em todo o estado.
Olhar Digital