Ex-presidente do Flamengo é indiciado por mortes no Ninho do Urubu

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio com dolo eventual – quando se assume o risco de matar – o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello e outras sete pessoas pelas mortes de 10 atletas no incêndio no Centro de Treinamento do clube, em fevereiro deste ano.

A tragédia aconteceu em um alojamento improvisado com contêineres em uma área do Ninho do Urubu, como o CT é conhecido, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio.

Muitos dos garotos não conseguiram fugir das chamas. Três jovens foram resgatados com ferimentos, e 13 escaparam ilesos.

O inquérito, assinado pelo delegado Márcio Petra, da 42ª DP (Recreio), também pede o indiciamento por dolo eventual de engenheiros do Flamengo e da empresa NHJ, responsável pelos contêineres, além de um técnico de refrigeração e de um monitor do clube.

Em nota, o Flamengo informou ainda não ter sido notificado e que, por isso, não ia comentar o caso.

O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello também disse que ainda não tinha sido notificado e, por isso, não podia se manifestar.

Foram indiciados Danilo da Silva Duarte, engenheiro da NHJ; Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração; Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo;
Fábio Hilário da Silva, engenheiro da NHJ; Luis Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo; Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo; Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo; Weslley Gimenes, engenheiro da NHJ.

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