Google, Facebook e Twitter não cumpriram suas promessas de combater notícias falsas, três meses antes das eleições para o Parlamento Europeu, disse a Comissão Européia nesta quinta-feira (28).
As empresas de tecnologia e os órgãos de comércio que representam o setor de publicidade assinaram um código voluntário de conduta em outubro para combater a disseminação de notícias falsas, com o objetivo de evitar uma legislação enviesada.
Bruxelas está inclinada a enfrentar a ameaça de notícias falsas ou interferência estrangeira durante as campanhas para as eleições do Parlamento Europeu em maio e também para as eleições nacionais na Bélgica, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Grécia, Polônia, Portugal e Ucrânia nos próximos meses.
O comissário de segurança da Europa, Julian King, criticou a falta de progresso em acabar com as notícias falsas feitas pelas três empresas com base em seus relatórios mensais.
“Infelizmente eles ficaram aquém do esperado. Eles precisam viver de acordo com os padrões que pedimos a eles, que eles assinaram”, disse King em um tuíte.
O Facebook não forneceu detalhes de suas ações contra anúncios políticos em janeiro, nem o número de contas falsas excluídas devido a atividades maliciosas direcionadas à União Européia, disse a Comissão.
A Comissão também descobriu que as medidas do Google sobre anúncios políticos não eram específicas o suficiente, e a empresa não esclareceu até que ponto ações foram tomadas para tratar de notícias falsas ou outras razões. Ele não forneceu evidências concretas para mostrar que havia realizado suas medidas em janeiro, disse a Comissão.
O executivo da UE também criticou o Twitter por não fornecer referências para medir seu progresso no monitoramento de anúncios políticos.
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