Em relatório divulgado a acionistas nesta segunda-feira, o banco de investimentos JPMorgan especulou que a melhor estratégia de aquisições para a Apple seria comprar a Netflix, além da desenvolvedora de jogos Activision Blizzard e a fabricante de auto-falantes Sonos.
A Apple tem cerca de US$ 245 bilhões em reservas para investimentos. A quantia é tão grande que é o suficiente para comprar o Netflix e ainda sobrar US$ 100 bilhões. A Blizzard vale US$ 35,6 bilhões. A título de comparação, a montadora Tesla vale US$ 53 bilhões.
“Nós acreditamos que eles [os investidores] esperam que a empresa use a força apresentada na folha de balanço para proteger os negócios contra disrupções comuns no mercado de tecnologia, algo que a Apple já fez no passado”, escreveu o analista Samik Chatterjee.
Com muitos dos grandes nomes do mercado de tecnologia sendo negociados a valores menores do que a alta do último ano, Chatterjee afirmou que é um “momento oportuno” para focar no crescimento potencial do mercado de serviços.
Esse segmento, na Apple, hoje inclui funções como Apple Pay, Apple Music e iCloud e cresceu 19% no último trimestre do ano passado, para um recorde de US$ 10,9 bilhões.
“O streaming de vídeo, incluindo conteúdo de vídeo original, é um mercado altamente competitivo com empresas de mídia já estabelecidas e novos entrantes brigando agressivamente por assinantes. Por isso, seria difícil escalar uma nova plataforma para competir efetivamente”, disse Chatterjee, afirmando que o Netflix já tem 139 milhões de assinantes globais.
A Apple chocou o mercado no início deste ano ao anunciar queda no faturamento da empresa e redução no número de iPhones vendidos. A empresa afirmou que “não previu a magnitude da desaceleração da economia, em especial na Grande China” e nos mercados emergentes.
No final de janeiro, a Apple vendeu 15% menos aparelhos do que no ano anterior. É a primeira queda no faturamento da empresa no quarto trimestre desde 2000 — um período importante por conta das vendas de final de ano.
A empresa anunciou que planeja reduzir o preço de alguns modelos de iPhone, fora dos Estados Unidos, para minimizar o impacto da valorização do dólar sobre moedas locais. A empresa afirmou que ainda não está definido em quais mercados isso acontecerá e se o Brasil é um deles.
G1