A partir desta sexta-feira (21), os médicos que trabalham no hospital Materno Infantil João Marsicano da cidade de Bayeux não poderão mais internar nem receber novos pacientes. A unidade de saúde foi interditada pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) após uma vistoria constatar que o hospital não cumpriu um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Os diretores geral, técnico e de enfermagem pediram a exoneração de seus cargos nessa quarta-feira (19).
Primeira interdição
O CRM-PB havia interditado o hospital no dia 6 de novembro, pois a Vigilância Sanitária tinha interditado o bloco cirúrgico e a central de esterilização da unidade hospitalar.
No dia 7 de dezembro, o hospital foi desinterditado com a promessa de que os problemas seriam resolvidos. “Os gestores tiveram um prazo de 15 dias para fazer o contrato com uma nova empresa para a central de esterilização e usariam os monitores cardíacos de outro hospital. No entanto, o prazo terminou e nenhuma providência foi tomada”, destacou o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
Diariamente são realizados mais de dez partos no hospital, sendo cerca de três cesáreas. Com a interdição ética dos médicos, novas pacientes não poderão mais ser internadas. “Claro que os pacientes que estão internos terão toda a assistência necessária até a sua alta. Se chegar um paciente com risco de vida também será atendido. Mas o hospital não tem condições de internar mais ninguém para que não haja um problema mais grave”, explicou o diretor do CRM-PB.
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