O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) disponibilizou nesta terça-feira (22) a consulta aos locais de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para os participantes. O cartão de Confirmação de Inscrição está disponível na página do participante e traz informações como número de inscrição, data e hora da prova — de acordo com o horário de Brasília —, e o local de prova. O cartão também especifica se o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, por exemplo (acesse aqui).
O Inep recomenda que os inscritos levem o cartão nos dias de exame, aplicados em 3 e 10 de novembro. Para acessar o documento, basta realizar o login na plataforma gov.br. Caso o participante não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperar o acesso com o CPF e selecionando a opção “esqueci minha senha”. A conta pode ser recuperada pelo aplicativo GOV.BR, pelo app de bancos credenciados, do internet banking de bancos conveniados, por e-mail ou por mensagem de texto (SMS).
No dia 3 de novembro, primeiro dia da prova do Enem, serão aplicadas as provas de códigos e suas tecnologias, linguagens, e ciências humanas e suas tecnologias. No segundo dia (10 de novembro), os participantes fazem as provas de matemática e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. Ao todo, são 45 questões em cada área de conhecimento.
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Nesta edição, 5.055.699 pessoas se inscreveram.
Cronograma
Após a aplicação das provas, os participantes têm até dia 15 de novembro para solicitar a reaplicação da prova. Esses solicitantes poderão realizar o exame nos dias 10 e 11 de dezembro. Apenas inscritos que não conseguiram comparecer por motivos de logística ou doença, podem pedir a reaplicação.
Segundo o Inep, os gabaritos oficiais devem ser divulgados no dia 20 de novembro para que os estudantes confiram a prévia dos resultados. A previsão de publicação das notas é dia 13 de janeiro de 2025.
Dicas para se sair bem
O R7 conversou com o professor de redação Willian Wallemberg, que deu cinco dias para o participante sair bem na prova e alcançar a nota 1.000. (Veja as dicas abaixo)
1 – Estruturar redação
O especialista explica que o participante deve ter em mente que a redação é a etapa de maior pontuação, e por isso é importante saber como estruturar o texto argumentativo-dissertativo.
- Introdução: para começar o texto, o participante precisa contextualizar o tema e a tese que será defendida, apresentando de forma resumida os argumentos que serão desenvolvidos nos próximos parágrafos.
- Desenvolvimento: nesta etapa, é o momento de apresentar argumentos que sustentam a tese. O texto deve ser escrito em dois parágrafos, de sete a oito linhas cada um.
- Conclusão: no último paragrafo, é preciso retomar a tese e apresentar uma proposta de intervenção, ou seja, uma proposta de ação para solucionar o problema discutido no decorrer do texto.
2 – Uso de dados, citações e referências
Segundo o professor, a leitura é um dos pontos mais importantes para a escrita. Por isso, Wallemberg aconselha a revisão de obras de filósofos, cientistas e historiadores para aprimorar os argumentos. “Um bom escritor é aquele que tem muitas referências e absorve o que aprendeu para pôr e prática”, diz.
Em relação ao uso de dados ou citações, o professor afirma que isso pode valorizar o texto. Segundo ele, o participante deve explorar fontes confiáveis, como jornais, livros ou obras acadêmicas.
3 – Estar atualizado das notícias
Outro ponto importante é estar atento ao que está acontecendo no Brasil e no mundo para ajudar na contextualização e na temática da redação.
Sobre os temas, o professor ressaltou que geralmente eles estão atrelados a eixos de direitos humanos, cidadania, meio ambiente e sustentabilidade, tecnologia, cultura, saúde e relações interpessoais, e que é um erro o participante tentar adivinhar a temática.
“O candidato precisa estar preparado para qualquer tema. Assim, não terá problemas para desenvolver sua proposta.”
4 – Ter escrita legível
O participante que não tiver uma escrita legível poderá ter a nota prejudicada, já que o recurso é uma exigência do Inep, responsável pela logística do Enem.
Segundo o professor, erros como copiar trechos de textos motivadores, desenvolver parágrafos longos, desrespeitar o limite das margens, usar gírias ou palavras rebuscadas devem ser evitados.
5 – Praticar redação
Wallemberg explica que, antes do Enem, é preciso que o participante treine muito para conseguir desenvolver o rascunho da redação entre 40 e 50 minutos.
Para ele, começar a prova pela redação é indispensável. “[O candidato] estará mais relaxado e descansado, com a cabeça fria e poderá desenvolver melhor a estruturação e construção do seu texto”, afirma.
Avaliação da redação
Os avaliadores analisam se o participante fugiu do tema, se desobedeceu a estrutura da redação e desrespeitou a seriedade do exame. A nota varia entre 0 e 1.000 pontos e é analisada por cinco competências:
- Domínio da escrita formal da língua portuguesa;
- Compreender o tema e não fugir do que é proposto;
- Seleção, organização e interpretação das informações, fatos, opiniões e argumentos;
- Conhecimento dos mecanismos linguísticos para construção da argumentação; e
- Elaboração da proposta de intervenção ao problema abordado
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