O comediante Léo Lins falou pela primeira vez nesta quinta-feira (5), após ser condenado a 8 anos de prisão devido a piadas feitas em um show de comédia gravado em 2022. Ele fez críticas à fundamentação utilizada pela juíza Barbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que emitiu a decisão, e argumentou que ele utiliza uma “persona cômica” durante suas performances.
“Humorista interpreta no palco uma persona cômica. Uma análise literal do texto não se aplica ao cômico”, disse, destacando que estava se defendendo como Leonardo de Lima Borges Lins, seu nome de batismo, não como o comediante Léo Lins. Ele publicou um vídeo no YouTube que alcançou mais de 170 mil visualizações em uma hora.
Lins espera que a classe artística e a sociedade entendam a “gravidade” da sentença. Para ele, a juíza disse atuar “em nome da defesa das minorias”, mas “ignorou a opinião dessas minorias” que o apoiavam no processo e determinou que “piada incentiva o crime, o ódio e o preconceito”.
Léo Lins condenado
O comediante Leo Lins foi condenado pela Justiça Federal de São Paulo a oito anos e três meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, por discursos discriminatórios e preconceituosos proferidos durante uma apresentação de stand-up exibida em uma plataforma de vídeos no ano de 2022.
A sentença foi proferida pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo e atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que apontou que o conteúdo do show violava direitos fundamentais e estimulava o discurso de ódio contra grupos minoritários, como pessoas com deficiência, comunidades indígenas, população negra e LGBTQIA+.
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