O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta terça-feira (17) às 16h30 com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado; Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados; e Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o R7, parceiro nacional do Portal Correio, o encontro terá como principal objetivo discutir estratégias para enfrentar os incêndios florestais que estão afetando várias regiões do Brasil.
Além dos líderes das principais instituições, participarão do encontro o Ministro da Casa Civil, Rui Costa; o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; o Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e o Advogado-Geral da União, Jorge Messias.
O objetivo principal da reunião é estabelecer uma política de Estado eficaz para enfrentar os incêndios florestais, de acordo com informações da agenda presidencial.
Brasil lidera ranking mundial de incêndios
Na última sexta-feira (13), o Brasil registrou 3.800 focos de incêndio, liderando o ranking global com 28% de todos os focos de incêndio no mundo. A Amazônia foi a região mais afetada, concentrando 46% das áreas atingidas pelo fogo no país. Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e foram atualizados sábado (14).
Entre os estados brasileiros, o Pará lidera o ranking de focos de incêndio, com 740 registros, seguido pelo Acre, com 441, e Tocantins, com 419. O município com o maior número de queimadas é São Félix do Xingu, no Pará, localizado a 1.050 quilômetros de Belém, que registrou 146 focos de incêndio em um dia.
O Cerrado também apresenta números alarmantes, com 1.262 focos de incêndio em apenas 24 horas, representando 33% do total. A Mata Atlântica registrou 172 focos (17%), enquanto o Pantanal aparece com 51 focos de incêndio (1%).
Desde o início deste ano, o Brasil já contabilizou 180 mil focos de incêndio, um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 87 mil focos entre janeiro e 14 de setembro.
O aumento dos incêndios em várias regiões do país tem afetado a qualidade do ar nas grandes cidades. Na semana passada, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, expressou preocupação com o impacto das queimadas, destacando o aumento no número de atendimentos médicos relacionados a problemas respiratórios, especialmente entre crianças e idosos.
“Há um impacto forte no sistema de saúde, nas unidades de saúde, uma maior procura e, principalmente, uma preocupação não só com os efeitos de curto prazo, mas também de médio prazo na saúde das pessoas”, disse a ministra.
O Ministério da Saúde orienta que pessoas em regiões atingidas por nevoeiros de fumaça evitem, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.
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