Lula e Mujica, ex-presidente do Uruguai, participam de congresso de estudantes em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar nesta quinta-feira (13) do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O evento será realizado no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, e vai contar com a participação do ex-presidente do Uruguai José Mujica, mais conhecido como Pepe Mujica, aliado do petista de longa data. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Os ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) também vão participar da cerimônia. No evento, Lula vai receber uma carta com demandas dos estudantes de todo o país para a educação.

A 59ª edição do congresso dos estudantes, considerado o maior espaço de debate entre a classe do país, ocorre entre os dias 12 e 16 de julho, na capital federal, e recebe mais de 10 mil alunos de todo o Brasil.

Lula já se encontrou com Mujica em janeiro deste ano, quando visitou o Uruguai. Na ocasião, o presidente brasileiro tentou desencorajar o país vizinho a prosseguir nas negociações bilaterais com a China e disse que é urgente avançar em um acordo comercial em bloco com Pequim. O petista também defendeu avançar nas negociações com a União Europeia.

O presidente brasileiro fez um gesto aos estudantes e determinou o término do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Segundo o documento, enviado pelo Ministério da Educação, a decisão partiu de uma avaliação feita pela pasta em conjunto com o Ministério da Defesa. O projeto foi criado em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, 216 escolas estão em funcionamento em todo o país.

De acordo com o ofício, um processo de “desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvido em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa” deve ser iniciado, e medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade devem ser adotadas.

A decisão se baseou em uma nota técnica assinada pelo secretário substituto de Educação Básica, Alexsandro do Nascimento Santos. Segundo o texto, a justificativa para a implementação do projeto seria “problemática”. “[O projeto] ignora que colégios militares são estruturalmente, funcionalmente, demograficamente e legalmente distintos das escolas públicas regulares”, esclarece.

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