Você já deve ter ouvido falar da RV400, a moto elétrica que está em alta demanda desde sua estreia – e que não para de esgotar em questão de minutos. O sucesso do veículo é tão grande que a marca indiana Revolt Motors anunciou que irá lançar um novo modelo ao plantel, com o preço ainda mais baixo.
A verdadeira moto elétrica “baratinha” da Índia será chamada de RV1, e sua introdução substituirá um exemplar que não deu bons resultado à marca, a RV300. O veículos também será o primeiro da montadora a ser totalmente produzido no país.
“Em dezembro deste ano, nosso novo produto se tornará totalmente fabricado na Índia. Importamos peças da China, mas agora estamos nos concentrando em cada fornecimento do nosso país. A fabricação da nova moto começará a partir de janeiro [de 2022]”, revelou a companhia, em nota a imprensa.
Detalhes sobre o desempenho do veículos serão divulgados no fim de 2021, mas e o preço? Bem, de acordo com as estimativas da indústria, a RV1 será vendida por 75 mil rupias (aproximadamente R$ 5,1 mil), o que fará o modelo uma alternativa mais barata comparada à principal – e já acessível financeiramente – moto elétrica da marca, a RV400 – que custa 90 mil rupias (cerca de R$ 6 mil).
Com a RV1, Revolt Motors quer sucesso tão grande quanto RV400
O desenvolvimento de um modelo ainda mais barato tem motivo: o sucesso estrondo da RV400. A empresa indiana se beneficiou dos subsídios do governo federal através do FAME II, programa de incentivo a compra de elétricos, para baratear o veículo (saiba mais detalhes aqui) ao máximo e incentivar a gigantesca população a abandonar modelos à combustão interna.
Mas a RV300, lançada em 2019 como uma versão com menor desempenho, nunca recebeu tanta atenção do público e suas vendas sofreram como resultado – muito também por conta da pandemia de covid-19, segundo a Revolt. Logo, a marca irá descontinuar a motocicleta e a substituirá pela novíssima RV1.
A Índia se tornou líder no mercado de motos elétricas leves, e muitos na indústria estão de olho no dia em que as empresas do país se expandirão para oferecer exportações à outras nações.
E a verdade é que já tem empresas de olho nos principais mercados internacionais, como a Ola Electric, por exemplo, que está construindo uma fábrica projetada para produzir 2 milhões de scooters elétricas por ano, mirando uma produção final de 10 milhões. A startup já está planejando exportar um número significativo desses veículos de duas rodas para fora da Índia, o que a tornaria uma das primeiras empresas locais a vender motos elétricas internacionalmente.
O efeito contrário também ocorre: empresas internacionais procuram entrar no mercado indiano. A rede de baterias substituíveis e scooters elétricos taiwanesa, Gogoro, fechou recentemente um acordo com a Hero MotoCorp, maior fabricante mundial de motocicletas, para atuar no país.
Fonte: Electrek