A HMD Global, dona da marca Nokia, lançou nesta terça-feira (3) seu primeiro smartphone 5G fabricado na Hungria, Europa, tornando-se a primeira grande empresa de celulares a fabricar dispositivos no continente.
O que você precisa saber:
- Antes da HMD abrir as suas operações na Hungria, a Europa não tinha produção de smartphones em grande escala;
- Grandes empresas como a Apple e a Samsung fabricam os seus telefones na Ásia para reduzir custos;
- A HMD disse que o modelo europeu foi concebido para clientes empresariais, alguns dos quais solicitaram segurança adicional em conjunto com os seus parceiros de segurança de TI;
- Chamado de Nokia XR21, o celular está à venda na Europa por 649 euros (aproximadamente R$ 3.445 na cotação atual).
Estamos entusiasmados por fabricar o Nokia XR21, nosso smartphone 5G robusto exclusivo, na Europa. Estamos empenhados em investir em segurança, tecnologia e processos de fabricação que tornem nossos dispositivos mais seguros e duradouros.
Jean-François Baril, cofundador, presidente e CEO da HMD Global.
Importante pontuar que o lançamento oficial do Nokia XR21 ocorreu em março deste ano, já sendo disponibilizado para venda em vários países. Na época, a única cor disponível era preto — o verde chegou em junho. Na versão do modelo fabricado na Europa, além de focar no ramo empresarial e na segurança de dados, o aparelho ganhou uma edição limitada na cor platina fosca. Não há previsão de lançamento do XR21 no Brasil.
Vale lembrar que toda a divisão de celulares da Nokia, que já foi a maior fabricante de telefones do mundo, foi comprada pela Microsoft em 2013, quando a fabricante entrou em crise com a ascensão de rivais como Apple. Em 2016, a HDM Global, fabricante finlandesa fundada por antigos executivos da Nokia, conquistou os direitos exclusivos da marca por meio de um licenciamento — atualmente, somente ela tem licença para usar o nome Nokia em aparelhos móveis.
De acordo com a Reuters, a HDM anunciou em março deste ano que expandiria a produção em massa de smartphones para a Europa, incentivando as empresas a estabelecerem a produção em setores-chave, como os de semicondutores.